HILDA FURACÃO

Um dos melhores momentos da televisão brasileira foi, sem dúvida a minissérie Hilda Furacão. Real, ou fictícia, todos nós, quando jovens tivemos uma Hilda Furacão em nossas vidas. Quando em 1961, ao me mudar para Belo Horizonte, meu percurso de ir i vir era naquela região, que o povo rotulava de zona boêmia. Conheci alguns personagens da série pessoalmente.Identifiquei outros com nitidez, pois estavam sempre estampados nos noticiários dos jornais. Dos tipos populares não consegui identificar “Lambreta”, uma senhora excêntrica, parecendo com algum desvio mental, símbolo dos estudantes universitários nos movimentos da época.

Quantas radiopatrulhas, apelidadas pela malandragem de Rita Pavone, para enfrentar “Cintura Fina” e sua temível navalha presa a um cordão. Ele a jogava fechada, no impulso abria e fazia a nódoa de caju na cara do litigante e a navalha voltava fechada na sua mão. Nódoa de caju era a gíria da época, quando o corte cicatrizava ficava um risco escuro no rosto do atingido.

Só tenho uma observação: o policiamento ostensivo daquela época era da saudosa Guarda-Civil, extinta no governo Médici em 1970. E não da PM como foi mostrado na minissérie. A farda era azul e prestava um excelente policiamento.

Sô Lalá
Enviado por Sô Lalá em 08/12/2011
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