Desculpem minha ignorância...

Na publicação DEUS CONOSCO = seminário litúrgico = Ano XLI – nº 59 – 11.12.2011 – Ano B, em sua última página há a seguinte citação:

“Segundo antiga Lei Bíblica que aparece no capítulo 25 do Deuteronômio e no livro de Rute, o cunhado da viúva sem filhos deve se casar com ela. Se ele se recusar, precisa desatar as correias de suas sandálias, para que outro ocupe o seu lugar, venha pisar onde ele pisava.“.

Para nós, leigos nas ocorrências havidas naquelas remotas épocas, acredito que há duas considerações que podemos fazer:

A primeira diz respeito aos procedimentos da época, onde havia ‘no ar’ um machismo advindo da religião, na qual as mulheres eram tratadas como ‘coisas’ sujeitas à vontade e a deliberação dos homens. Imposições em detrimento das mulheres e que favoreciam os homens ‘borbulhavam’ aos montes...

A primeira vista, lendo a citação sem nos atermos a qualquer outra conotação que não seja, pura e simplesmente, captar o sentido da mensagem transmitida, é isso que nos parece...

Na segunda, segundo interpretação religiosa, a parábola tem uma conotação bem mais ampla. A seguir a esta citação, há outra na qual se diz que João Batista, depois da ascenção de Jesus, não fez uso deste pseudo ‘direito’ que, sob o ângulo místico seria arrebanhar todas as ‘viúvas’ deixadas...

Desculpem-me aqueles que possuem conhecimento maior acerca da interpretação dos ditos imiscuídos nas mensagens que são repassadas nas parábolas desenvolvidas em épocas remotas, no entanto, valho-me do reconhecimento inicial que fiz, particularizando o meu laicato.

Aliás, por mais que tenha me esforçado, tentando enxergar de forma mais figurada possível, não consigo entender ‘ensinamentos’ passados através de parábolas, como por exemplo:

“É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha de que um rico adentrar o reino dos Céus!”. Será que todos aqueles, pelo fato de terem atingido, alguns através de seu trabalho, com mérito e merecimento, não são dignos de ocuparem suas posições ‘de destaque’ quando do juízo final?

Ou ainda...

Na parábola do Abastado senhor que necessitando viajar deixou algumas moedas para serem cuidadas por três servos. Aquele que foi prudente, não arriscando e devolvendo a quantia que lhe foi confiada quando do retorno do ‘amo’, foi espezinhado, ultrajado e jogado à ira dos outros servos. Enquanto isso, os outros que arriscaram, ‘deram sorte’ e conseguiram valorizar aumentando o patrimônio do ‘amo’, foram enaltecidos e cobertos de glória!

Será que os previdentes, comedidos, ‘de pés no chão’, tem de ser penalizados não usufruindo dos louros dos vencedores?

Por favor, quem souber me esclarecer, agradeço sobremaneira...

HICS
Enviado por HICS em 11/12/2011
Código do texto: T3383519
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