Uma Eterna Medida (EC)

As medidas da vida são totalmente independentes. Na medida em que cresço, percebo o quanto algumas coisas se tornam mais imprescindíveis que outras, como um livro na data de aniversário a uma pulseira de ouro, ou um álbum de fotografias com meus amigos a uma noite inteira de bebedeira na balada. Uma das atitudes que mais me emocionaram ao longo de alguns anos foi ter recebido um ‘sonho’ como presente de dezessete anos. Cara! Entende o que é isso? Não estou à procura de sentimentos comprados e sim de amizades sinceras, queira ou não, lembrem ou não, foi um fato que me marcou.

Na medida em que a vida me mostra os caminhos que posso caminhar, os atalhos se tornam cada vez mais desnecessários ou absurdos. Um telefonema foi capaz de marejar meus olhos com um versículo simples da bíblia e algumas frases de carinho que jamais – e ponto! – seria capaz de me permitir esquecer. Foi como um abraço em dias de frio. Sabe como é?

Tudo bem, daí me pergunto: que ligação esse texto tem com o tema ‘uma festa inesquecível’? É tão simples como se lembrar das noites que passava ouvindo, ao lado de meu primo, nossa playlist favorita da Avril, olhando as estrelas e fazendo perguntas que – só nós sabemos – seriam impossíveis terem respostas exatas. Fala sério, a ótica da vida é muito mais, além, daquilo que os nossos dias, ingratos, tentam nos cegar.

E na medida em que o tempo foi passando me finquei cada vez mais na verdade – e vontade pura e verdadeira – de que minha história seria com as letras que saem de mim como um desesperado enredo sem fim. Como as poesias que enchiam um caderno inteiro na minha paixão platônica e não correspondida ou, talvez, como nas cinzas de vê-las sendo consumidas pelo calor do fogo e do desprezo. Assim passou. Foi! Escrevendo se passa, escrevendo tudo se resolve, escrevendo tudo fica novo de novo!

Cara, sinceridade, sempre que posso fechar meus olhos e observar minhas mudanças percebo o quanto estive certo e o quanto estive errado, porém, apesar de tudo, o quanto sempre lutei dentro de mim pela minha mais honesta e humilde felicidade. Sério, tinha planejado chegar aqui e falar sobre a felicidade, ela analisada, ela simples e decidida, a felicidade que, para mim, é de escrever – meu prazer – e de saber o quanto minha vida sempre foi uma festa inesquecível, onde os momentos mais importantes foram – e são – aqueles em que posso sorrir e, depois, limpar as lágrimas que rolam incontidas sobre a minha face.

Sabe aquele muito obrigado do fundo do coração? E o desejo de que muitas e muitas outras festas inesquecíveis aconteçam dentro de mim, porque, fala sério, festa é alegria e quer alegria mais pura que si olhar e se lembrar de pequenas – será? – coisas que te marcaram a vida?

O amor é uma pura interpretação da nossa alma e a felicidade se esconde nos dias em que sorrimos à procura de nós mesmos nas linhas da nossa vida.

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Este texto faz parte do Exercício Criativo - Uma Festa Inesquecível

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Hilton Luzz
Enviado por Hilton Luzz em 12/12/2011
Reeditado em 16/12/2011
Código do texto: T3384476
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