Crônica de Natal*

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A casa toda arrumada.Tudo limpo e a manhã seguia alteando no céu,dando passagem ao sol.

O carro parado em frente da casa ,embaixo das árvores que lindas e frondosas,nos privilegiava com uma refrescante sombra ,tudo foi retirado dele,e lá dentro colocado em seus devidos lugares.

Como ficou estabelecido,iríamos na frente para deixar tudo a contento.No dia seguinte chegariam filhos,noras,netas e amigos.Depois de tudo organizado,felizes decidimos ir à praia.O sol estava nos convidando.

Adoro o mar!tenho uma relação de amor com ele,não sei se é por

causa da imensidão,da profundidade ou dos mistérios que sentada na areia,em silêncio a sua frente fico a me encantar.O Natal prometia!

iríamos todos vivenciar uma noite linda.Entrei na água depois de conversar e tomar umas cervejinhas,comer carangueijos e outros tira gostos.O mar azul,lindo ,transparente e morno estava uma beleza.

Cansados voltamos para casa.Almoçamos,descansamos e fui armar a Árvore de Natal,colocar toalhas brancas nas mesas,luzes de neom nas árvores do jardim.

A alegria era contagiante!queria que chegasse logo a noite para o novo dia surgir.A noite Fraternal do Menino Jesus!ah!adormeci...

Levantei cedo,dispensei o banho de mar,para preparar a janta.

A manhã foi passando...passando...mas,com tantos afazeres,não me preocupei.E lá para às 19:00 recebi o primeiro telefonema dos amigos dizendo que por um motivo que não me lembro,não poderiam vir.Começamos a nos preocupar,não chegava ninguém!..mas,os meninos viriam com certeza.

As horas foram passando,passando,quando resolvemos ficar esperando,com a frente da casa toda iluminada,nas mesinhas do jardim sobre as gramas.

Forrei a mesa,com uma toalha de renda branca,coloquei whisky,gelo nas taças..!na verdade duas!para nos dois.Começamos a tomar uns drinks acreditando que a noite estava linda,e estava.Ele queria tirar gosto com queijo do reino,e foi buscar.Como ia ter muita gente compramos junto com os outros um queijo pequeno redondinho como se fosse para criança.Não sei como fomos juntos buscar guardanapos e palitos,quando de repente ouvi uma zuada lá fora.Corri pensando ser os meninos que chegavam.Qual nada,era o marido correndo atrás do gato que abocanhou o queijo.Não sei como tomou o queijo do gato

esterelizou com álcool,e ficaram os dois se olhando.De repente o telefone celular toca e vem a pior notícia;nenhum dos filhos poderiam vir.

Foi muito doloroso.Como no natal,as famílias ficam juntas na cidade,na praia,quase não havia ninguém.Estavamos sós.E sós ficamos chorando,as lágrimas correndo pelo rosto

até quando o nosso caseiro que também trabalhava na casa vizinha e tinha programado a ceia por lá,botando em cima dos andaimes uma porta velha coberta por uma toalha de renda,veio até nós e nos convidou para juntarmos nossas ceias já que estavamos sos.Topamos,muito sem jeito no início,porém logo estavamos a vontade rindo trocando presentes bebendo,junto a dois casais e seus filhos que nos proporcionaram uma bela Ceia de Natal onde no céu brilhavam lindas estrelas.

Um Natal simples,amigo,e muito rico em AMOR.E abraçados nos desejamos Feliz Natal.

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Alzira Paiva Tavares

Olinda13\12\2011

arizla
Enviado por arizla em 13/12/2011
Reeditado em 15/12/2011
Código do texto: T3386836
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