Fico doidinha da silva!

Nessa época do ano não entro em  loja nem amarrada!Da última vez que me arrisquei,numa loja lotada, quando estava na fila do caixa,uma mulher na minha frente  tinha uma cabeleira maior do que um rabo de cavalo(ela devia achar lindo)...
De repente  a “mala” resolveu jogar o cabelo para trás,  e me deu uma “cabelada “ no rosto.Eu  estava com a boca aberta conversando com minha filha , entrou cabelo na minha boca até nas  amígdalas, fiquei cuspindo cabelo uma semana.

Que ódio, nunca desejei tanto uma tesoura como naquele momento, em compensação o que ela ouviu da minha “santa boquinha” nunca mais vai ouvir nem que viva cem anos, acho que ela também queria uma tesoura para cortar a minha língua,mas nem piou!
Devia ser proibido usar solto “aquele rabo de espantar moscas”, para evitar  usá-lo como chicote para bater nos outros.
 Preste atenção,e veja se não é verdade.
Nesta época todo mundo parece que vai tirar o pai da forca,o olhar alucinado,se tropeçando nas caixas, espalhando mercadorias pelo chão pisando por cima de tudo,chutando para debaixo do balcão...

Não estou disposta a levar sacolada, bolsada, pisão no pé de gente que parece que enlouqueceu!
Tudo isso sem falar no problema de driblar os ladrões, e agüentar choro de crianças de colo “estressadas”...

As lojas parecem sucursal do inferno, pelo menos para mim!
Para deixar as pessoas ainda mais “doidonas” os donos das lojas usam um marketing infalível, com o som no máximo tocam aquela “musinha” de Natal, o povo além de ficar tonto de calor também fica  “fora do ar” com o barulho, compra as coisa “ sem ver”, vai só comprando!É um  “festerê”!
Às vezes fico de longe, sentada num espaço "neutro e protegido”  observando  a correria.
Adoro observar as pessoas, e não me incomodo se também me observarem.

Eis aqui algumas cenas que presencie e me diga se esta é uma época em que as pessoas se comportam normalmente...
Outro dia vi na saída de uma loja, uma velhinha sendo arrastada por que um casal  que não viu quando enroscaram o cabo do guarda chuva na boca da coitada, nem gritar ela podia, apenas os olhos pediam socorro de tão esbugalhados, só perceberam o fato na calçada quando soltaram  a pobre coitada.
Na mesma calçada tinha uma criança aos gritos jogando pipoca e xingando o Papai Noel, estava revoltada e  chorando por que tinha se perdido da mãe.
O Papai Noel estava “puto de raiva” da menina, fuzilava a danada com o olhar e ela continuava a gritar cada vez mais e a jogar mais pipoca...
Quanta paz e amor!
Não esperei a mãe aparecer, sei lá se ela não esqueceu que levou a criança junto para fazer compras naquela “muvuca”!
 Na esquina, um senhor comia  uma fatia de abacaxi comprado naqueles carrinhos que ficam nas calçadas, estava morto de fome, engolia os pedaços quase inteiro, acabou de comer um , pegou outro,nem se importava por estar tomando banho de caldo da fruta que escorria pelas mão e braços, a camisa estava uma lástima,ele estava se sentindo no paraíso...
De repente,  se aproximou dele  uma senhora, deveria ser a esposa,magricela, vestida com uma calça legging verde e uma blusinha justa, tinha de grande só os peitões, feia como “voz de prisão 
parecia um  grilo com aquelas perninhas finas, uma barriga enorme!Acabou com o pobre coitado,pois parecia uma metralhadora cuspindo palavrões.
Que jóia de esposa a dele!Tudo por que ele não foi ajudá-la a carregar as sacolas, e olha que  tinha sacolas!
 O coitado acabou de engolir a fruta, lambeu os dedos e pegou das mãos dela pelo menos umas dez sacolas  e saiu se arrastando atrás dela.
Eita mulher rabujenta,gastadeira,além de feia pra caramba,pela “amostra”,boazinha é que ela não era!Vá ser azarado “lá diante”!
Quando entro em qualquer estabelecimento, mais ou menos por meados do mês de outubro e detecto algum “sinal” dos enfeites de natal, saio rapidinho e começo a comprar presentes para todo mundo da família e amigos.
Prevenida sempre compro mais quatro de lambuja,para o caso de aparecer alguém de última hora.Jamais compro roupa ou sapatos só para evitar problemas caso tenha de fazer troca.

Se faltar algum presente,faltou,azar,prometo presentear depois, mas só lá pelo mês de janeiro,geralmente assino um cartão que nada mais é do que um vale presente.
Quando “abaixa a poeira”, das festas de final de ano,eu respiro aliviada...
Daí sim eu “curto” a cidade, quase vazia.

De qualquer modo desejo à todos boas compras e Feliz Natal com tudo o que tem direito,inclusive passar raiva dentro das lojas... (brincadeirinha!)


M.H.P.M.