ADEUS JOÃOZINHO TRINTA

ADEUS JOÃOZINHO TRINTA

Tenho constantemente afirmado que a morte não é um final, mais um inicio que começa pelo avesso...

Mais noticias nos chegam de que o magistral Joãozinho Trinta, o maior carnavalesco de todos os tempos, partiu, fez a ultima viagem, enfim, deixa o nosso convívio para se tornar mais uma estrela nos céus do Brasil.

Joãozinho marcou como ninguém o carnaval brasileiro de todos os tempos, ele era o poeta da avenida, a reverencia simbólica da vida feliz, o transformador do éter, do nada a algo apreciável até mesmo para os magnatas do petróleo e do ouro, Inovador, eclético, ético, jovial e alegre. Pode-se dizer que ele era a própria alegria. Um homem de muitos desafios, de fala fácil, franca e dizia: que pobre é quem gostava de luxo. Interessante e verdadeiro porque as escolas em que ele foi carnavalesco, sendo campeãs ou não, ostentavam o luxo e a riqueza E OS DIAS DE FOLIA ERAM INTEIRAMENTE ALEGRES.

Ele teve o reconhecimento de todos, carnavalescos ou não, respeitaram sua rara inteligência e admiraram a sua inquietude.

No Rio de Janeiro onde sabem fazer o grande carnaval elitizado das passarelas, onde o rico paga para ver pobres ricamente vestidos e dançando com um largo sorriso no rosto, longe das adversidades do dia a dia, em um momento puro, lindo de gloria. Lá eles são a maior atração e tem que fazer bem feito.

Como maranhense, solidarizo-me com meus conterrâneos porque sei que o Brasil está de luto e o carnaval brasileiro , a festa de brilho, glamour, confete e paetês perdeu um pouco de sua luminosidade, digam-se até que este ano as escolas de samba desfilaram com uma luz a menos, é aquela que brilha nos céus de São Luís e o seu nome é Joãozinho Trinta.