imagem: A.J. Cardiais


Eduquemo-nos para o silêncio

 
Este texto é quase que uma continuação do Eduquemo-nos para as criticas. Eu só vou tentar dar mais uma “explicadinha”. O outro eu escrevi de madrugada, e assim que acabei de escrever, postei. Não cheguei a analisá-lo direito. Para falar a verdade, eu não gosto muito disso: ficar analisando um texto meu. Se eu for ficar fazendo isso, acabo não postando. Vai ser um tal de tira palavra, põe palavra, que eu vou acabar desistindo. Eu gosto de expor o texto ainda com o sangue quente, com todos os erros da minha sabedoria. Mas vamos ao que interessa: o silenciar para as artes.
 
Eu falo do "silêncio" porque, muitas vezes alguém nos mostra alguma coisa que nós não sentimos nada. Nem de bom, nem de ruim... Nada! E a pessoa fica nos perguntando: e aí, o que achou? Se nós formos responder que não achamos nada, será uma ofensa. Se dissermos que acharmos ruim, então... Se for amigo, talvez fique inimigo. Algumas vezes nos perguntam: Por quê que nós não gostamos! Mas nem tudo é uma questão de técnica, é uma questão de gosto. Não gostamos, porque não gostamos, e fim! É a esta “falta de educação” que eu estou me referindo. As pessoas precisam aprender, que nem tudo agrada a todos. E precisam respeitar o direito do outro de não gostar da nossa arte, do nosso penteado, do nosso modo de vestir... De qualquer coisa. Quem tem que se sentir bem com o que está fazendo, ou usando, é a pessoa. Independente de opinião. Eu, por exemplo, vou descrevendo os meus sentimentos, procurando manter-me dentro do que eu gosto, do que eu sei e do que me dá prazer. Gosto de respeitar as regras, até onde as regras me agradam. Quando não agradam, eu procuro um “caminho alternativo”. Mas respeito os que querem "tudo certinho", tudo dentro das regras. E a finalidade deste texto é esta: respeitar as opiniões. Quando alguém ficar calado, diante do que você a expõe, subtende-se que a pessoa não tem nada a dizer... Por isso o silêncio. Silencie também.

19.12.2011