Idade Mental do Animal.

Todo ser humano que se preze carrega a cepa de sua genética arraigada em seu bojo, mesmo que seja um resquício mínimo qualquer, sempre haverá uma maneira de vincular um cidadão aos seus antepassados.

Do mesmo modo que também há vinculações de qualquer pessoa com automóveis, nuvens, bonecos de neve e espantalhos, há também os comparados aos animais ou vegetais. Quem nunca viu em suas andanças alguém parecido com um Decavê, uma Variante ou um caminhão Fenemê?

Com os animais não é diferente, por isso, em minha falta de tempo, elaborei uma lista de 06 animais mais freqüentes na sociedade atual (podendo ser estendida), sendo, pela ordem de importância e pela freqüência de seus membros, os seguintes:

1 – homem-cão: comum e surrado homem das ruas, trabalhador de sol a sol, sem direitos, mas cheio de deveres e obrigações, o verdadeiro excluído da sociedade;

2 – homem-hiena: sorri para todos, fala de todos e com todos, acena e mastiga, mas se der bobeira, com seus dentes sujos e afiados, é capaz de arrancar pedaço e até matar. Um homem sem escrúpulos, traidor e covarde, muito visto na região de Brasília;

3 – homem-cobra: quieto, solitário e venenoso, freqüenta os escalões, se mantém por debaixo do pano, porém come do bom é do melhor. É o financiador, o cara que injeta veneno em sua vítima, a seduz, hipnotiza, depois quebra seus ossos e a devora friamente. Figura muito parecida com os estelionatários, fraudadores, usurpadores, muito encontrados em grandes centros populacionais, onde podem se esconder entre a selva de pedra;

4 – homem-rato: o dito comedor de restos e migalhas, aquele que não é, mas se acha um excluído da sociedade, que tem que sofrer, que acha que a vida é uma constantes penitência, e que para ele não resta nada mais a não ser se arrastar em seus dias.

5 – homem-bicho-preguiça: figura muito comum nos sofás das diversas regiões do país, habitante de camas, pufes, travesseiros e qualquer lugar onde possa descansar sua ossada cansada, mesmo que cansada de não fazer nada;

6 – homem-papagaio: homem de esquinas, poleiros e botecos, o verdadeiro “balanga-beiço”, dizendo o dito pelo não dito e vice-versa, a torto e a direito, doa a quem doer. Fala pelos cotovelos, inventa e aumenta. Espécime muito comum na maioria das esquinas do país, além de gostar muito de cadeiras nas calçadas e bancos de praça...

Continua...

Obs.: o sentido homem refere-se a homem e mulher.

SAvok OnAitsirk, 02.01.12.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 02/01/2012
Reeditado em 02/01/2012
Código do texto: T3418400
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