Foto de Feitosa dos Santos - Itajubá MG

SOMOS APENAS HUMANOS

Aqui estou eu no dia primeiro de janeiro de 2012, lançando-me nas veredas ainda desconhecidas, acertando o passo nesses caminhos que se apresentam para a largada, embora ainda não saiba aonde chegarão. Serão caminhos em retas, ou sinuosos? Para quem se aventura um tiro no escuro, sem um alvo determinado, logo não se sabe o destino certo do projetil lançado. Todo começo é sempre temeroso, mas logo as coisas vão se ajustando, as trilhas vão sendo formadas e o cortejo logo estará no prumo do tempo. Outra vez lá vamos nós em busca dos sonhos, das metas traçadas, dos objetivos esperados e por que não, dos desejos reprimidos e da porção mágica chamada felicidade, pois acreditamos que esta afugentará todas as mazelas que nos rodeiam. E essa esperança nunca morre; acompanha-nos por toda a existência. Parece-me que cada ser humano ao nascer faz um pacto com a vida para perseguir a tal felicidade até o seu ultimo suspiro. Parece ser isto uma verdade. Você já ouviu alguém dizendo eu estou à procura da infelicidade? Não, nem eu. Mesmo que por caminhos inadequados, quem o faz acredita buscar o melhor para si, e não o que o outro possa enxergar da sua procura. Isto é próprio da raça humana. A cada dia, a cada passo, nos aventuramos para um amanhã de interrogações, um futuro construído na mente de cada ser; fundamentado através dos seus sonhos. E lá vamos nós arrumando aqui, adaptando ali, criando portas, fechando paredes, arrancando tocos, construindo labirintos, excluindo caminhos e reconstruindo sonhos ao longo do tempo. Quando as exigências da vida tendem a requerer mais do que podemos alcançar, digo para mim mesmo, sou apenas um ser humano, e como um ser humano sou limitado, embora tente quebrar esse limite todos os dias. Coisas da raça humana. Há pessoas que reclamam o tempo todo, há outros que nada reclamam. Há aqueles que fazem acontecer e outros que nada conseguem fazer, nada constroem e nada dizem. Como pessoas frágeis e ao mesmo tempo fortes, estaremos expostas aos mais variados tipos de criticas, censuras e indagações infindas. Nós somos humanos. Ah! Como é difícil entender-nos.

                                          Rio, 01/01/2012
                                        Feitosa dos Santos