...Profecias para 2012!
 
        
         As profecias para o ano de 2012 já estão chegando para mim. Um amigo aqui do Recanto disse-me: “Querida amiga Liliane começas-te o Ano Novo, com o pé direito [...] Já vi que este ano você vai dar trabalho. rsrsrsrs!“.
         Imagina! Juro que não vou dar o tanto de trabalho que outro amigo aqui do Recanto já está me dando.
         Nas últimas duas publicações que fez aqui ele acertou em cheio as minhas veias ‘jugulares’ e passei esses dois primeiros dias do ano profundamente anestesiada com as verdades contidas em seus textos.
         A primeira publicação é um poetrix intitulado ‘Sacrifício’. Ele me fez voltar ao ano de 1999 quando, após terminar uma sessão de terapia, desamarrei o sapato que estava usando e saí descalça daquele consultório, atravessei a rua, caminhei pelo centro da cidade em que morava até chegar à garagem em que havia estacionado o carro.
          É lógico que os transeuntes olhavam para a minha mão que segurava o par de sapatos e para os meus pés descalços. E eu?! Eu caminhava tranqüila e serena querendo que aquela sensação durasse para sempre. Na verdade eu havia compreendido que nenhum ‘sacrifício’ vale à pena quando o preço a pagar implica em sufocar a própria existência.  
         Quando fui pagar o estacionamento perguntei ao manobrista: - Onde fica o lixo? Ele apontou o local e lá depositei aquele sapato velho.
         É verdade que hoje não necessito desatar os nós com tanto realismo, porém, naquele momento eu precisava vivenciar a concretude daquele gesto.
         São daquela época alguns poemas meus publicados aqui no Recanto. Dentre eles “Toucador” e “Sangria da Paixão”.
         Não satisfeito, este recantista amigo (?!) - estou até desconfiada: Será que ele não é um psicanalista infiltrado ou qualquer raio que o parta em semelhança?! - publicou hoje, precisamente às 08h:45min, outra ‘provocação’ intitulada “Também gosto de mim” revelando em cada palavra, em cada frase uma leveza tão estonteante, uma sensibilidade tão sedutora, uma sensação de liberdade tão solidificada, que me fez voltar ao passado, compará-lo com o presente, contabilizar o ativo e passivo sentimental para checar a quantas anda “a minha independência emocional”!
         Obtê-la não é um caminho fácil. Requer saber perder, abdicar, confessar o inconfessável, perder o rumo, ter muitas lágrimas derramadas no travesseiro naquelas noites que parecem intermináveis e habituar-se a contar consigo mesmo quando o coração anseia por ‘colinho’. Também não existe receita ou fórmula. Mesmo assim, vale à pena buscar por ela para enfim poder dizer “o dia agora começa e termina comigo”, “que delícia gostar de mim”, “abrir os braços e abrigar quem quiser espontaneamente usufruir do meu espaço, da minha genuína alegria, do meu amor pela vida” como está dizendo de boca cheia este psicanalista disfarçado de escritor. Ele pensa que me engana.
         Penso que quem vai dar trabalho, para os que ainda estão ‘encarcerados’, neste ano é ele! Os psicanalistas que se cuidem!
         Por via das dúvidas vou agorinha mesmo me certificar se não tenho nenhum outro sapatinho de amarrar e caso tenha sobrado algum... Oh! Joga fora no Lixo”, como canta a Sandra de Sá.
         Obrigada Gilberto Dantas por me fazer reviver a busca pela minha independência emocional! Minha alma continua leve e agora muito mais feliz porque seu poema ecoou em meu ser!

         E por falar em canção... Ofereço esta para você, Gilbertô Dantas...
 
Liliane Prado
(Exercíco Literário)



Endereço para a leitura dos textos escritos por Gilberto Dantas:

http://www.recantodasletras.com.br/poetrix/3416585

http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdealegria/3417949
Liliane Prado
Enviado por Liliane Prado em 02/01/2012
Reeditado em 05/07/2012
Código do texto: T3419086
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