Foco de Lua!

Na escuridão da noite

Tudo que brilha é um foco de luz,

que não mostra nada

além daquilo que se quer ver.

Por onde caminha o poeta,

solitário, cabisbaixo,

pensativo e sonhador.

Pisando em folhas secas,

mortas que se quebram

com o peso da vida.

Amante da madrugada,

sonha enquanto cria,

poesias que jamais serão lidas,

pois são palavras soltas ao vento,

sussurradas, que surgem do nada

em sua cabeça, germinada em seu coração.

Anda sem destino, sem motivos,

sem razão, apenas anda

com suas dores, pesares

e desejos frustrados.

Cansado, ele se aconchega

sob a árvore, agasalha-se

com as folhas umedecidas,

pelo orvalho,

já vai a noite alta e fria,

adormece e esquece.

À noite agora enluarada,

sua amante mais amada,

traiçoeira e malfadada,

lança lhe o frio intenso,

úmido e insistente.

Dorme o poeta,

seu sono mais profundo.

Brilha o sol e inerte está

aquele que com a noite se foi,

levando consigo

o silêncio eterno,

envolto no doce beijo da morte!

(Aona)

Aona
Enviado por Aona em 04/01/2012
Código do texto: T3422167
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