OLHAR PASSAGEIRO: UMA LUZ DA ESCURIDÃO

Era uma noite chuvosa... a tempestade intensa era um monstro de névoas e ventania que rugia à porta dizendo "Fica ou te assolo!". Mas precisava ir ao trabalho... era a sua missão. Calçou as botas, pegou o guarda chuva e seguiu. Águas e ventos de todos os lados. Depois da estrada a pé, do ônibus, descera no local de destino. E foi só colocar os pés naquele chão que as luzes se apagaram. Caiu sobre tudo a completa escuridão. Seguiu... passos apressados e temerosos, mas o espírito estava forte. Chegou à instituição e lá se abrigou na esperança que logo chegasse a luz. Mas nada... Desceu em companhia de outros que também haviam sido dispençados. Na escura parada de ônibus poucos estavam. Depois de um algum tempo a condução esperada chega como a salvação daquela situação. Dentro dele muita luz. Lá fora eram quilômetros de vasta escuridão. De pé ao lado da porta de saida observou nesta um velho adesivo amarelado e destruido em parte. Nele ainda era possível ler a inscrição que trazia: " Se você vê as mãos de Deus em todas as coisas, então deixe todas as coisas nas mãos de Deus."
O coração sossegou... e seu espírito sussurou dentro de si: Eu vejo!