Os Covardes.

Ei, covardes, estamos aqui, de cara limpa e sem dissimulação ou disse-que-me-disse pelas costas!

Lutamos por vocês, caso se queixem de cansaço ou preguiça, mas saibam que prevalece o velho dito popular de que “quem parte e reparte fica com a melhor parte”, pois não somos tolos e entendemos da arte. E muitos e muitos covardes se passam de fortes quando a poeira está baixa. Acontece que o menor ruído ou latido de cão, por menor que seja, faz com que se esconda debaixo da saia da mãe ou barra da calça do pai, quando não debaixo da cama, batendo queixo de medo.

A história é abarrotada de omissões ou distorções dos covardes. A mais clássica é a do período cristão, quando o tal do Judas traiu Jesus, ou mesmo Pilatos, que covardemente preferiu se omitir, mesmo desconfiando que o homem que estava com o destino em suas mãos era inocente.

Os covardes sempre gostaram de conchavos e maledicências, principalmente quando o sujeito sobre o qual se fala mal está ausente.

Os covardes traem e mentem com facilidade, distorcem a realidade e praticam absurdos que eles mesmos costumam recriminar quando praticados por outrem.

É assim o universo dos covardes, onde o medo ultrapassa as fronteiras da razão, compaixão e transcendentalismo. Os covardes têm em si o plano principal, e foda-se mãe, pai, amigo, vizinho ou irmão...

No entanto, por fim, me vendo tecer considerações vãs, o mundo sempre carregou os covardes e sempre os carregará, cabe aos homens de luz tutelá-los sempre que possível reconhecer algum pelo caminha, eis que são exímios articulistas...

Seu lema: não negue nem se ofereça! E que seja feita a tua vontade.

SAvok OnAitsirk, 20.01.12.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 20/01/2012
Reeditado em 21/01/2012
Código do texto: T3452069
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