SÍNDROME DA PRESSA

A síndrome da pressa é uma doença própria da modernidade. É na verdade um transtorno mental conseqüência do perfil da sociedade moderna que quer tudo para hoje, agora, já, já.

Hoje ninguém mais passa horas lavando roupa, batendo um bolo, debruçada ao fogão. A máquina de lavar não só lava a roupa, mas também enxuga no tempo mínimo. A batedeira e o microondas vêm colaborar com a dona de casa que tem pressa em concluir suas tarefas caseiras.

O jovem tem pressa em ficar livre das atividades escolares. Não bate mais cabeça, não raciocina mais para criar um texto próprio, não deixa as idéias fluírem da mente. Vai lá no google e encontra as respostas, copia texto e pronto.

É muito comum hoje as crianças nascerem de sete meses, ou porque não dá nove meses se a contagem for feita após a data do casamento. O casal tinha pressa. Ou nascem antes do nono mês porque foi feita uma cesariana ou ainda porque a criança teve mesmo pressa de vir ao mundo.

Depois que inventaram o “Fast-food”, refeições que podem ser preparadas e servidas em tempo record, sanduíches, pizzas, pasteis e outros alimentos rápidos, ninguém mais senta ao redor de uma mesa para degustar e mastigar uma comida caseira com prazer. Isso é coisa rara.

Você é do tempo que só dirigia quem tinha dezoito anos? Que para casar era preciso namorar meses ou anos para que um conhecesse o outro melhor? Que o ingresso na faculdade se dava quando a pessoa tinha maturidade para escolher a profissão que desejava exercer?

A pressa é necessária no mundo dos negócios competitivos, cada um querendo garantir seus lucros, conquistar clientes, aproveitar oportunidades, entra numa maratona que não lhe permite parar. Mas ela é chamada o mal do século porque provoca tensões, impaciência, hostilidade e stress.

Tudo tem um limite. A pressa atualmente é necessária, mas não deve ultrapassar o limite do convívio com a família e amigos, prejudicar a saúde e não permitir momentos de lazer. No mundo atual não é admissível andar devagar, mas também não é preciso correr para chegar primeiro. Lembre - se do adágio que diz:

“É o segundo rato que como o queijo – o primeiro fica preso na ratoeira”.