Vamos à la chuva, Brasil! Vão à chuva, Excelentíssimos/as Senhores/as!

Agora no Brasil temos um novo jeito de festejar a chegada do "ano novo": à La chuva! Isto é, com muita, muita chuva, soro, velas, sangue, muito sangue, e quase esqueci, mortes! – Pareceu para você cena de filme de terror, e, da categoria lixo do cinema? – Mas, não é. É o novo jeito de dar as boas-vindas ao novo ano no Brasil. E acredite! – Imposto pelos excelentíssimos/as senhores/as da política brasileira! – Não acredita?! Então continue com a leitura.

Vamos à la chuva, Brasil! Vão à chuva, Excelentíssimos/as Senhores/as!

Mais um ano chegou e com ele vieram as chuvas (as calamidades). Pare! Um momento! Estamos em 2012! Isso não foi em 2009 para 2010?! Sim, também, infelizmente! Porém, esse novo ano veio também nos trazendo o mesmo pacote (desabamentos, enchentes, mortes). Já estamos quase que, acostumando a comemorar o “ano novo” dessa forma, ou seja, ficarmos sentados em nossas casas diante da TV, vendo as calamidades que acometem os cariocas, os paulistas, os mineiros, e tantos outros brasileiros que de alguma forma foram esquecidos em alguma situação de risco. E, por nessa situação se encontrarem, se tornam protagonistas de um filme de terror: “As calamidades”, roteiro e direção da “natureza”?

Nesse filme, as cenas são de medo, de desespero, de gritaria, de choro e de muitas perguntas! Cenas essas, que nos mostram momentos de dor e perda. Onde vemos brasileiros correndo pelas ruas sob a madrugada, fugindo de seus lares, para não serem soterrados, enterrados vivos! – De suas casas arrancados, sem aviso prévio, porque segundo a Defesa Civil, há risco de desabamento. A paisagem tranquila e acolhedora, onde moravam, agora parece uma zona de guerra, veem suas vidas sendo arrastadas pela lama! E o mais aterrorizante, não é o caos que agora cai sobre as suas cabeças! Mas saber que poderia ter sido abortado. Contudo, a CAMBADA de INCOMPETENTES! Ops! Os/as Excelentíssimos/as Senhores/as, da política brasileira, esqueceram de fazer o B A BAAA! Mais uma vezzzz! Deixando para resolver depois, o que deveriam ter resolvido, bem antes! Antes de alguém morrer ou ter sua casa levada pelas águas pluviais. As chuvas (as calamidades) estão aí, e nos vemos mais uma vez, diante da TV, lendo revistas e jornais, com suas NOTÍCIAS de ÚLTIMA HORA, ATRASADAS E ANTIGAS!

Vamos à La chuva, Brasil! Vão à chuva, Excelentíssimos/as Senhores/as!

Em Minas, as chuvas deixam mais vítimas, contribuindo para o aumento de pessoas sem nada neste PAÍS! A nossa memória histórica, já quase inexistente, está por uma “pluvial”, pois, casarões em São João Del-Rei, construídos há 200 anos, correm risco de desabarem!

Vamos à La chuva, Brasil! Vão à chuva, Excelentíssimos/as Senhores/as!

No Rio de Janeiro, bom, são tão recentes as chuvas lá, foi no ano novo de 2009... 2010... 2011 Pessoas desesperadas...! Eu nem consegui ainda esquecer o ano novo dos cariocas, de 2011! – Em São Paulo, as chuvas também castigam!

Vamos à La chuva, Brasil! Vão à chuva, Excelentíssimos/as Senhores/as!

Vamos à La chuva, Brasil! Vão à chuva, Excelentíssimos/as Senhores/as, aliás, vão à escola Excelentíssimos/as Senhores/as, vão aprender sobre: infraestrutura, planejamento e desenvolvimento, gestão pública, éticaaa, governabilidade, ou melhor, vão ter vergonha na cara! Chega de “Feliz Ano Novo” regado a mortes, desabamentos, desabrigos, desesperos, insegurançaaa! Chega, dessa falta de respeito com o ser humano, chega de óbolos, e vão fazer o que é para ser feito! E não mim venham com PALANFRÓRIO!

Vão à chuva, Excelentíssimos/as Senhores/as!

Quem continuou a leitura, agora sabe o porquê de eu ter dito que o novo jeito de dar as boas-vindas ao ano novo no Brasil, foi imposto pelos/as Excelentíssimos/as Senhores/as. E acredite, eu também não quero acreditar! Mas a natureza, não é o algoz, não é ela a roteirizar e dirigir, cenas tão cruéis, se não aqueles/as que estão com a caneta na mão.

Nata-RN, 24 de janeiro de 2012.