Imagem: "A Gruta da rã Coquita".
Custódia-PE. (1995).
Dei este nome à gruta, porque nela morava uma rã que ninguém conseguira tirá-la de lá.


O MALOTE DOS FATOS




Encontrei-me com o pensamento
Num espaço e tempo
Que não pude achar!
E encabulada, voltei ao presente e perguntei!...
Ele porem não me deu muita atenção!
Respondeu-me apenas:
— Não posso parar!
Mas se quer respostas que de mim dependem
Caminhando comigo você encontrará.
Meu próprio percurso já é a resposta
E por isso mesmo não posso parar!
Amiga, eu sou o desenrolar dos fatos:
Sou respostas, sou perguntas;
Sou espera, sou realizações;
Sou descobertas, mistérios!
Sou ansiedade e sossego;
Também sou sabedoria;
Sou desespero, sou causa;
Sou justiça e sou barreiras
Sou distâncias, e aproximo;
Sou o senso e o desatino;
Sou a lágrima e o sorriso!
Sou o velho e o menino;
O adolescente, a semente!
O fruto, a dor, a razão!
Sou o alivio, sou a cura!
Mas também a sepultura.
Tudo vem através de mim.
Sou a chave d vida!
Sou o comando de todo feito e desfeito
Tudo que há e que acaba!
Sou “O malote dos fatos.”
Às vezes querem que eu atrase,
Ora querem que eu adiante
Sou cronometrado!
E por razão nenhuma
Minha velocidade será alterada.
Nasci tempo, por isso não obedeço:
Determino.








Poetisa Inês Nery
Enviado por Poetisa Inês Nery em 27/01/2012
Reeditado em 07/03/2012
Código do texto: T3464234
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