“Nenzica, Uma história Passional”

Nenzica era uma moça muito bonita. Quando nasceu, as tias num carinho especial, a chamaram de neném, nenénzinha, e nenenzica, e finalmente Nenzica. Esta forma carinhosa virou nome e ela se acostumou a ele. Na pequena cidade, imperava entre jovens de sua idade, financeiramente estava bem, pertencia a socialite local, pela beleza estourava corações. Com o passar do tempo ela esqueceu, pensou que brilharia sempre. Ainda continuou bela moça, talvez até querendo compromisso sério, mas a fila andou. Como tinha bela situação financeira, praticamente comprou um jovem mais novo que ela. Interessado principalmente em sua polpuda herança, Fernando entrou de sola. Ela bonita, mas já entrando para o time de Balzac. Fernando jovem, mas desesperadamente necessitado. Com finanças zero, se uniram . Ele a respeitava e ela o amava. Talvez, mas a maldade humana, fez com que ela soubesse. Seu marido o amor de sua vida, dava seus pulinhos. Pior, usava dinheiro dela para custear seu namoro. O que a princípio era só um namorico, mas Fernando com o carrão da família, como era um rapaz bonito, virou galã. A tolerância de Nenzica foi testada em último grau. O lobo chegou a dar namoradinhas no escritório da empresa da família. Piorou mais quando virou um limpa trilhos, predador. Queria mostrar aos novos amigos que era um comelão.
Ajuste de contas primeira vez.
Com uma calma que ela não tinha, tentou fazer o marido cair na razão. Ele parece que aceitou e vieram às promessas que embora as acusações fossem infundadas, ele não conversaria mais para não dar desconfiança. Não adiantou o erro, não se passaram nem dois meses, aí ela armou o barraco, gritaria, tapas, enfim, aquela baixaria. Com a intervenção da família de ambos voltaram à paz. Desta vez para Nenzica não houve paz. Ele apenas concordou, mas não aceitou a situação. Madrugada de sábado para domingo, Fernando com uma funcionária, entram em um armazém de sua empresa. Um vulto sorrateiro entra também. No escritório da diretoria a festinha começa. Pensando estar seguro Fernando age como se solteiro fosse. No outro dia estoura a notícia em jornal. Empresário morre com funcionária, quando faziam serão. O empresário Fernando de Tal, enquanto fazia o balanço da empresa, se preparando para as vendas de final de ano. Foi surpreendido por meliantes que roubaram e mataram o empresário com a própria arma. Segundo a esposa, o marido juntamente com a secretária, estavam fazendo balancete de estoque, pois teriam que comprar para as festas que chegavam. Houve muita fofoca a respeito, mas a esposa não pode ser consultada, pois com crise nervosa, internou-se numa clinica. Desconfia-se de ladrões que já roubaram outras empresas em situação idêntica, só não mataram, mas roubaram dinheiro e produtos de estoque. Correm boatos que o roubo é infundado, foi forjado para encobrir um desfalque de funcionário.
Oripê Machado.
Oripê Machado
Enviado por Oripê Machado em 29/01/2012
Reeditado em 30/01/2012
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