Encontro ou desencontro?

Fiz um balanço do nosso encontro. E percebi que não estava sendo justo comigo mesmo. Depois daquele fim-de-semana maravilhoso. O restante, foi somente ansiedade e esperança. Não consigo entender o destino! Mas, o destino é óbvio. Nós é que somos confusos. Agente pede tanto uma coisa e quando está diante do presente, não consegue assumir o objeto tão precioso. E como um fardo pesado, deixa abandonado e superado pelas imediações do dia-a-dia.

A vida sempre tão sabia, a mim, ela ensinou um monte de coisas. Mostrou-me a importância que ela -a vida- dá aos símbolos que representa inclusive à sua linguagem. E presenteou a minha simplicidade com capacidade de, às vezes, interpretá-los. Isto muitas vezes me faz sofrer, pois consigo entender com facilidade os significados dos acontecimentos.

O nosso encontro foi um fato. Acho que estávamos em busca da mesma coisa. Foi um encontro de partículas afins. A vida: esta tão sabia e generosa não gostaria de sentir culpada pela nossa falta de disponibilidade. A incompatibilidade nascente nesta fase, a mais importante de um relacionamento: o inicio. Já criou uma macula transparente nos meus sentimentos e no nosso envolvimento.

Por isso, está na hora de nos livrarmos de qualquer espécie de responsabilidade ou compromisso. Para , por fim, seguirmos livres e novamente "sozinhos". Pois, neste momento não fomos capazes de vislumbrar esta dádiva tão maravilhosa, a cada dia mais rara, que é:encontrar alguém, que a gente olhe e veja nela, a pessoa, reciprocamente, os nossos olhos. Literalmente, os nossos olhos. Esta fase foi muito importante pra mim. Pois, pude colocar a prova o meu crescimento. Fui fiel até aqui aos meus sentimentos, ao ato de entrelaçarmos os dedos, tomando o outro pelas mãos. Gesto divino pra mim.

Daqui há alguns dias, muitos finais-de-semana terão passado e na nossa memoria , a lembrança daquele, puramente feliz. Em que a neve que caiu em Gramado não foi testemunha de momentos antes que elevamos para depois. E, apenas encontramos a cidade com efêmeros bonecos feitos dessa neve ausente, e comentários grandiosos e tão graciosos. Pode ser um paradoxo, mas nunca presenciei tal fenômeno. Porém, naquele mesmo dia , aonde a temperatura la fora caia atingindo níveis quase negativos. Em nosso aconchego, pude apreciar milhares de estrelas explodirem no céu, feito uma chuva de prata encantada, que transcendeu a minha alma e clareou a minha aura. fez o meu brilho mais latente. Na lembrança, a minha, tão eficaz. Jamais serão apagados aqueles momentos nossos. Ali aflorou o meu carinho por ela. Ali cresceu a certeza de que gostaria de perenizar aqueles momentos.

As verdades, que brotam daqui do meu coração, serão o elixir, para que estejamos sempre na expectativa de um novo encontro, para um possível recomeço, ou um reencontro passageiro onde possamos premiar a nossa alma com a essência da nossa afinidade e de um Amor.

Não só por isso! Te amei...

Cidade de Gramado/RS: inverno de1994.

JAILSON MERCÊS
Enviado por JAILSON MERCÊS em 13/02/2012
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