A VIDA ÀS VEZES É TÃO CONFUSA...

Não lembro bem como foi o início, penso até que já havíamos iniciado antes, bem antes do inicio que podemos lembrar. Tem vezes que a vida é tão confusa que nem sabemos mais de nós mesmos.

Tenho muitos defeitos, sou intolerante com a burrice que não se vigia, a idiotice constante, mas isso não prejudica o amor que eu sinto, porque em geral sou mais exigente comigo mesmo. Aos outros eu alivio. Mas tenho que reconhecer que muitas vezes não soube usar o amor. Ai agi como se detestasse, o que em verdade eu amava. Talvez tivesse sido por insuficiência de amar o amor bonito. Daí preferi mostrar minhas garras.

Não lembro de uma vez sequer que eu tivesse sido bem elegante dominando a arte de amar. Mas lembro de vários momentos que eu estraguei por pirraça, desequilíbrio e depois sofria pra valer mas não pedia desculpa, eu pensava que feri a mim mesmo, assim eu era a vítima, e é vítima recebe desculpas, estando isento de se desculpar.

Teve momentos em que me senti tão só e sem condição de ofertar qualquer coisa, por que ninguém quer solidão de presente. Dai eu ficava isolado cuidando de mim, como se eu soubesse cuidar...

Lembro de uma frase da querida e eterna Cecília Meireles: -

“AMOR SERÁ DAR DE PRESENTE AO OUTRO A PRÓPRIA SOLIDÃO?”.

Bem, vou ficando por aqui, porque hoje quero estar só. Assim, nem para escrever eu sirvo, porque escrevendo sinto a sensação de estar acompanhado, alguém invisível anotando os meus erros, um fiscal do governo querendo tributar minha solidão.

Evaldo.