Quem está aí?

“Quem é você?”-pergunta aquela voz doce e inebriante, que encanta e assusta a qualquer um desamparado. Desliza suave pela boca macia, a voz feminina.

Essa simples pergunta, quem diria, poderia até definir uma vida, um amor, um caso, Como que algo tão simples pode ser tanto? Talvez porque sejam elas, simplórias perguntas, que moveram e movem o mundo. O que seria do nosso maior e mais seguro meio de transporte, o avião, se o homem não tivesse se perguntado se poderia voar? Se alguém não tivesse pensado em poder falar com qualquer pessoa em qualquer lugar, talvez hoje não tivéssemos o famoso e aclamado celular.

O ponto onde quero chegar é que sem perguntas, não há respostas, não há progresso, não há “evolução”. Não entrarei no mérito dessa evolução capitalista e racista, mas se parássemos para perguntar o porquê desse progresso, um tanto quanto ignorante aos olhos de quem não deseja enxergar, poderíamos mudar, e realmente crescer para algo melhor. Tudo a partir de uma simples pergunta.

Concluo, então, que minha vida é uma pergunta imensa, que aumenta na medida em que eu cresço como corpo e como mente, com a esperança de quem um dia, talvez o de minha partida, em quem tudo se explicaria talvez numa simples palavra, ou seria numa simples pergunta?