Novo secretário

(publicada no jornal "O Popular", seção Cartas dos leitores, Goiânia, Goiás, 16-02-1991)

A escolha do deputado Joaquim Tomaz de Aquino pelo Governador eleito Íris Rezende Machado para ocupar a pasta de Secretário de Estado da Segurança Pública parece não ser do agrado dos delegados de polícia. Existe conspiração. Eles alegam infringir o Artigo 144, § 4º da Constituição Federal.

Será que o Governador eleito está transgredindo algum dispositivo constitucional?

Impasse esse que poderá se tornar uma questão judicial, se os delegados forem ao “front” com um mandado de segurança. Pode estar havendo aí uma má interpretação do referido Artigo (vide CF), que não discrimina que tipo de dirigente – se secretário de Estado ou superintendente. Superintendência a Polícia Civil tem, e é ocupada por um delegado de carreira. Acredito no futuro Governador como um homem culto, que já exerceu a profissão de advogado, estar agindo conforme a lei.

Os secretários de Estado são cargos de confiança do Governador. São escolhidos por conveniência. Devem zelar pelo bom censo, por uma boa administração junto ao Governo. Devem ter visão das secretarias que vão representar. Para a SSP é preciso de alguém que entenda de segurança. Melhor seria alguém da casa. Mas não se pode julgar à primeira vista.

Sou da opinião do presidente da Ugopoci – União Goiana de Policiais Civis – Sr Ademir L. Oliveira, em nota publicada nos jornais, de não apoiar a contestação dos delegados, e de esperar o assentar da poeira. Pois o que precisamos é de um bom Secretário, não importa a sigla, nem de onde veio; que venha dar andamento ao bom trabalho do atual. Para que a comunidade se sinta segura.