O PLEITO DA EDUCAÇAO

Ainda não é e talvez não seja nem na próxima década que possamos vislumbrar alguma fagulha de luz cintilando no fim do túnel da educação. É triste dizer isso, mas não temos como fugir da realidade.

Enquanto, estivermos nesse período de governança em que o governante só recebe um diploma para ser presidente e as suas criaturas provenham de terroristas e assaltantes de banco (mesmo que seja por uma boa causa), estaremos sempre sob o guante de políticos useiros e vezeiros, que quando fazem algo pela educação, visam mais os dividendos para si e para os seus cupinchas e jamais em prol da grande massa populacional que anseia por um tratamento de choque, principalmente, no que tange a educação. Investimento e orçamento digno, para ser trabalhado por pessoas dignas.

No mundo, temos exemplos de vários países que emergiram da quase situação de falência para uma posição de destaque, investindo pesado em educação. Chile e Correia do Sul são alguns deles.

Fui professor por 15 anos aqui no Distrito Federal e todas as lutas que enfrentamos, na maioria das vezes, foram frustradas. Hoje aqui, se recebe o melhor salário do país, isto é, o mais alto, mas isso não justifica o descaso dos governantes como encaram a educação por aqui. É um verdadeiro descalabro. Perseguições a diretores competentes que são substituídos por nomes esdrúxulos e incompetentes para satisfação dos seus chefes.

A partir de ontem (12) a classe está novamente em greve. O governador já prognosticou que não haverá reajuste de salário para nenhuma categoria este ano. Oxalá! não seja mais uma das batalhas frustradas para a categoria. Alegar que não há dinheiro é balela, mesmo porque a folha de pagamento da educação, saúde e segurança é bancada pelo governo federal e, se parte, é bancada pelo governo local, mesmo assim não há razão para tal negativa, uma vez que, ontem o governador sancionou uma lei que autoriza o legislativo e o executivo, a comprarem carros novos, para que possam desfilar ostensoriamente, pelas ruas de Brasilia.

Porque o professor, não só de Brasilia, mas de todo país, merece ter um salário digno. O professor é o primeiro guia da vida de um cidadão. Desde as primeiras letras balbuciadas pelo ser humana na sua mais tenra idade até a mais alta graduação, pós e doutorado, lá está sempre presente a figura indestrutível de um mestre que começou lá embaixo, qual um rio que nasce pequeno, vai incorporando as águas do saber na trajetória da sua existência e transferindo para gerações e gerações...

Brasilia, 13/03/12 – Riazo.