Via exclusiva de ônibus na EPTG, uma obra mal pensada.

 

Se a via exclusiva para ônibus funciona bem na Estrada Parque Núcleo Bandeirante – EPNB, o mesmo não acontece na Estrada Parque Taguatinga/Guará – EPTG.

      Desde que a via exclusiva foi inaugurada enfrente-se um transito de no mínimo 50 minutos, na EPTG. Há três dias conto a quantidade de ônibus coletivos que percorrem a pista exclusiva durante o congestionamento, e o resultado, pasmem: Nos três dias, somente 01 ônibus coletivo passou pela via exclusiva, nos 50 minutos de engarrafamento pesado. Ademais, somente táxis, poucas vans, e ônibus particulares. Desde a instalação da via única, a pista permanece a maioria do tempo totalmente vazia, enquanto os carros se acumulam. O congestionamento era menor antes.

      As paradas de ônibus são virada para a pista, ou seja, não há como passageiros desembarcarem ou embarcarem com segurança, isto é, caso fossem utilizadas. O cidadão teria que descer na beira da pista, correndo risco de vida, deparando-se com carros em velocidade de 80 km/h. Várias imensas paradas construídas e inúteis. A maior parte dos ônibus trafega pelas vias marginais, que dão acesso à Águas Claras, Vivente Pires e Park Way. Estas marginais vão até Setor de Industria e Abastecimento – SIA, onde justamente a via exclusiva acaba. Só a partir daí, nos deparamos com os ônibus de transporte coletivo, em frente a octogonal, e outro engarrafamento. Neste trecho não foi realizada nenhum tipo de ampliação. O mesmo ocorre na volta, onde a maioria dos ônibus ficam nas marginais de Vicente Pires, e todos se encontram em Taguatinga Centro. Mais inteligente seria se a via exclusiva de ônibus, fosse a própria marginal que já é utilizada pela maioria das linhas. Conclusão: Depois da obra, cara e demorada, a EPTG conta somente com uma pista a mais no tráfego dos carros. Os velhos e longos engarrafamentos continuam.

        A pista não é bem utilizada, falta logística. A logística adotada foi a da instalação de cinquenta pardais, apesar da pista continuar inacabada, sem a infraestrutura para o escoamento das águas da chuva. Pardal não escoa água pluvial não, mas o que fere o bolso do cidadão, é uma opção sempre mais atrativa a governabilidade que gosta de juntar o útil ao agradável. O cidadão, como sempre, o pior prejudicado.

      Enquanto isto, deputados distritais aprovam a compra liberada de carros de luxo, com aprovação imediata do governador.

Beth Jardim.