Virtual x Real

Lendo a visão da Martha Medeiros sobre os encontros e as relações virtuais eu não pude deixar de refletir e tirar cá minhas conclusões já que também tenho minhas experiências do virtual passando para o real.

Muitos dos meus amigos do virtual entraram no meu mundo real, e posso garantir que os que entraram e permacem são os que valeram a pena, é claro que com cada um é uma experiência diferente, com alguns a empatia foi de pronto, com outros demorou um pouquinho mais.

É bem verdade que ao vivo algumas pessoas são diferentes, algumas são muito melhores ao vivo, outras são exatamente o que a gente vê por aqui, e só algumas poucas, são diferentes de tudo que a gente imagina.

Não sei dizer se é pelo meu jeito de ficar a vontade muito rápido com as pessoas, não houve aquele hiato, quando falta assunto; pelo contrário, faltou tempo pra conversar tudo que a gente sabia que tinha em comum, com alguns foi olhar no olho e saber que a gente se conhecia há muito, e tudo rolou deliciosamente.

É claro que logo de cara, a gente pensa que não vai ter muito o que falar, mas depois que o papo engrena a gente é capaz de virar a noite. Como quando me encontrei com meu grupo Ateneu, pessoal que se curtia há muito tempo, e ali no encontro ficamos tão a vontade uns com os outros que foi uma farra muito boa, inesquecível mesmo, talvez o melhor encontro dos meus virtuais, mas que alguns, sei que não verei mais.

Mas numa coisa Martha tem razão, um encontro muda muito a imagem de cada um, pode mudar pra melhor ou pra pior. Ou aproximam as pessoas, e a amizade se fortalece, ou a gente percebe que não tem nada a ver com o outro e o que era um sonho, míngua inexoravelmente, também isso aconteceu comigo.

Não posso dizer de relacionamentos amorosos, deles não provei, ou seja não passei do virtual pro real pra saber, quem sabe um dia eu possa dizer, o que sei por hora é que tendo oportunidade eu corro pro encontro com o virtual, pra saber se ele é mesmo o que eu espero que seja, e com o coração esperançoso de que ele também me ache no real tão interessante quanto no virtual.

Hoje penso que o virtual é menos enganoso do que há tempos atrás, quando as pessoas mentiam sobre a idade, tratavam suas fotos. As pessoas amadureceram e entenderam que essa mentira boba não pode levar a lugar algum, a gente é o que é, e se não virar, não virou, e daí? Isso vale pra tudo, amizade ou namoro.

Minha filha conheceu o namorado na net, depois de um bom tempo de amizade se encontraram, a amizade continuou no real, até virar namoro, e eles já estão juntos há um ano, e felizes; então pode dar certo, desde que as pessoas sejam no virtual o que são no real.

Uma coisa é certa, a convivência real só vai dar certo se for bem construída no virtual, se for bem sólida. O virtual tem muita magia sonho, e no real essa magia fica por conta do que a gente mostrou da alma, se ela tiver conquistado, o entendimento só vai crescer, mas se ainda não conquistou pode ser que no real as pessoas nem tenham tanta habilidade ou interesse pra fazê-lo.

É experimentar pra saber o quanto o virtual nosso é verdadeiro!

Aliás sábado vou à casa de uma das minhas virtuais mais próximas, delícia!

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 18/07/2005
Código do texto: T35574
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