Foto de Feitosa dos Santos - Forte copacabana

LIÇÕES DE VIDA

 
Uma proposição antagônica diz respeito, o contrário daquilo que se faz, quando não se devia fazer; daquilo que não se faz, mas que deveria ser feito; daquilo que se pensa, porém, age-se contrariamente ao que se pensou e assim caminhamos num serpentear, quando desejamos uma estrada reta.
Por que o homem segue no caminho do antagonismo? Por que somos tão complexos? Por que vivenciamos a nossa complexidade e a dos outros?
Na Grécia fica a cidade de Delfos; nesta, o templo de Apolo, acima da porta principal desse templo está escrito, “conhece-te a ti mesmo”, para que todos aqueles que nele entrassem intuíssem este escrito; soubessem que compreender a si mesmo era a melhor maneira de saber o seu próprio futuro. São as nossas forças e fraquezas relativas que profetizam com maior precisão o nosso futuro, -Stephen Bertman-. Logo, seremos nesse futuro, aquilo que construirmos no presente.
Seria simples demais se quisessemos viver apenas o óbvio. Por certo não sentiríamos a emoção de vivenciar o medo e a bravura, o forte e o fraco, a luz e a escuridão.
Acho, porém, que o caráter humano, não deveria ser antagônico ao que parece ser aos olhos do mundo, mas sabemos existir o caráter antagonista e amoral.
Por exemplo: para que se possa exigir algo de outrem, é preciso ser consciente de haver feito o que se está a exigir desse outrem. Quando não doamos nada a alguém é bem provável que nos frustremos, quando num determinado dia pensarmos em receber.
Nós humanos só passamos a compreender isto, quando a dor finca morada em nosso corpo. Enquanto dói no outro, não sentimos absolutamente nada. Isto é fato e é antagônico. Ou não é?
É preciso sentir na própria pele, para aprender a valorizar a pele do outro.
“Conhecermos a nós mesmos não significa apenas saber quem somos, mas principalmente em quem podemos nos transformar”.
 
                       Rio, 17/03/2012
                     Feitosa dos Santos