O belo rio de minha infância.
 
Lembro muito bem de quando meu pai me levava passear na beira do Rio Piracicaba. Caminhávamos felizes, sentíamos os respingos das águas limpas que batiam contra as pedras. Tudo era uma beleza e aquele ar nos purificava. Havia um mirante, todo feito de madeira com alguns bancos e um parapeito. De quando em quando meu pai apontava um peixe e eu dizia admirada: Que grande! Que lindo! De lá podíamos ver a largura do rio e suas pequenas cascatas. Sobre esse rio havia uma ponte longa mas estreita. Dava passagem para um veículo e pela calçada somente duas pessoas podiam caminhar, lado a lado, para atravessá-la. O tempo se passou. O mirante virou ponto comercial. A água do rio se esforça para cobrir as pedras. A pureza de outrora não existe mais. Espumas de detergente tomaram conta de boa parte da superfície. E os peixes? Ora os peixes! Tentam sobreviver em outros rios.
Deyse Felix
Enviado por Deyse Felix em 18/03/2012
Reeditado em 29/11/2016
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