Adoro-te...

“Porque fazes isto comigo? Não vês que me estás a magoar? Não vês que me estás a perder? Estou a ir-me embora…a afastar-me cada vez mais…não me faças isto…eu não mereço…o que é que eu te fiz? Não tenho culpa que tenhas problemas…eu também os tenho e nem por isso começo a tratar mal toda a gente…nem por isso tenho o teu mau feitio…Porque falas assim comigo quando algo corre mal? Porque queres tudo à tua maneira? Porquê?

Não hajas de cabeça quente…por favor…eu preciso de ti…não me faças isto…quero-te do meu lado…mas tu próprio…não quero esta pessoa que está a agir por ti…porque isto não és tu…tu não eras assim…eu não tenho culpa…porque gritas comigo?

Queres-me bater? Bate…bate tudo o que tiveres de bater, mas não me magoes com as tuas palavras…doem mais…não magoes quem está à tua volta…não tenhas essas reacções estúpidas e ignorantes…

Eu amo-te…quero-te de volta…mas por favor…volta a ser quem eras…volta…quem tem culpa do que te acontece? Por vezes tens razão…mas porque não dás isso a entender de uma maneira civilizada? Tem de ser aos gritos? Estou farta disto…por isso afasto-me…por isso tento esconder-me…seja dia, seja noite…eu estou bem mas não estou bem…estou a tentar formar uma protecção de alegria à minha volta para não veres o que estou a sofrer…uma alegria que não existe…é o meu refugio…o meu esconderijo…já não sei quem sou…sou quem eu quero ser, mas não sou quem quero ser…tenho medo de ser assim…medo de me habituar a ser quem não sou… ou que sou mas não sou sempre…

Pára com isto…não vês que me fazes mal? Pára! Mas não me abandones…não…por favor não o faças…não sei o que aconteceria se o fizesses…Pára…

Eu não sou um corpo que tem uma alma…sou uma alma que tem uma parte visível chamada corpo…”