EU MORRI UMA VEZ

São Paulo, 12 de junho de 1992.

Numa segunda-feira as oito da manhã estava eu com um carrinho de mão limpando um entulho, pois, eu havia feito uns retoques no piso da fábrica onde trabalhava. Foi quando alguém me anunciou que eu teria que participar da manutenção da cabine de força, o mais que rápido deixei o carrinho de lado e fui cumprir a tarefa indicada. Desligamos a cabine e começamos a devida tarefa de limpeza da mesma, limpeza pra lá, limpeza pra cá e eu fiquei numa posição em que já não mais alcançava a altura desejada, corri ao escritório e peguei uma escada de quatro degraus que por lá havia e voltei ao trabalho, me lembro que subi na escada e comecei a limpar uns terminais e quando dei por mim duas horas depois eu estava num quarto de hospital (Hospital Municipal do Tatuapé) aqui mesmo em São Paulo, pois eu acabava de levar um choque elétrico de 13.200 volts.
Depois de medicado fui encaminhado para o Hospital do Sepaco o meu convenio medico da época, lá fiquei internado por vários dias para tratamento e observação medica, porque a descarga elétrica foi muito forte que me fez uns furos na minha coxa esquerda, proporcionando queimaduras de II e III grau ao ponto, de causar dificuldade de cicatrização. Foi longo o processo do tratamento, até que chegou o dia de fazer uma cirurgia não tão complicada, tratava-se de um enxerto de pele pos os buracos na coxa não fechavam.
Depois de feito então a cirurgia eu fiquei, mais uns dias de repouso até que ficasse totalmente curado e nesse processo do acidente até eu voltar ao trabalho durou cerca de uns 120 dias, mas graças a DEUS tudo acabou bem, fiquei com algumas cicatrizes na coxa esquerda e uma no braço esquerdo de maneira que não fiquei com nenhum problema emocionai ou semelhante e o mais importante dessa historia toda é que eu amo trabalhar de eletricista sou um apaixonado por essa profissão.
Tenho guardado até hoje a calça jeans que eu usava no dia desse acidente é que quando a descarga elétrica saiu do meu corpo, foi tão forte que queimou a calça de maneira que desenhou os buracos da perna.
Isso é apenas um resumo, pois eu não tenho tanto talento assim, para descrever essa historia com tão grande perfeição.

De uma coisa eu tenho certeza eu nasci de novo...

Um beijão a todos.