Viva La Vida.

Não vai adiantar olhar para trás e muito menos se lançar para frente. Também não adianta parar. Tem que viver. O único mistério disso tudo é que de alguma forma estamos aqui para viver, e viver no sentido extremo da palavra, olhar o céu e o sol nascendo todos os dias, respirar o frescor da manhã, alongar-se, correr e meditar sobre a essência de tudo que vivemos, o valor que damos a tudo isso e a certeza de que estamos, de alguma forma, no caminho certo.

Todo dia é importante fazer um pouco de tudo que é bom, que faz bem, que engrandece, que alegra, que faz sorrir, chorar, se emocionar. A vida não foi feita para se ver passar num canal de televisão, deitado num sofá, mastigando ilusões de plástico, não; a vida é feita de ação, contemplação e aprendizagem. Está, por sinal, a base do conhecimento, este, por sua vez, vetor da sabedoria, o lufar do ar da razão e da imaginação, senhora máxima de nossa existência. “Penso, logo existo”; Penso, logo sei; se sei, posso ser rei, mesmo que o trono esteja bem posto dentro da imaginação. Tudo é possível para quem vive com sabedoria. O sábio não troca a vida que tem agora, de imediato, a existência plena, pela existência das variantes possíveis ou impossíveis. A previdência é muita das vezes alvo de chacota entre os filósofos estóicos. Por que se descabelaria para pagar algo que você tem agora para se garantir daqui a trinta anos? O medo do desamparo na velhice é certamente a melhor resposta, mas até quando isso é palpável? E se a velhice não chegar? E, mesmo chegando, vier carregada de sentimentos de arrependimento pelo que deixou e poderia ter feito nos áureos tempos da juventude? Assim mais uma vez dividem-se a humanidade em grupos, tantos quanto possíveis para dividir opiniões. Existe gente e gosto pra tudo. A intolerância é sim um grande equívoco.

Todo ser humano é bom por natureza. O meio é o princípio motor para desvios, os quais também são naturais, mas devem ser controlados, nem tanto pelo meio externo, pais ou famílias, mas pela consciência do indivíduo de si para si, na mais fria e ao mesmo tempo esperançosa força animal. Estamos vivos, respirando, aqui, agora, ora com fome, que é preciso saciar, ora felizes, por vezes tristes, mas a tristeza também faz parte da felicidade. É que algo precisa ser mudado, já que ninguém agüenta muito tempo estacionado no mesmo lugar, do mesmo jeito, com o mesmo pensamento e as mesmas coisas. A mudança faz com que os acontecimentos transcorram, lavando a tristeza e proporcionando novos meios de alcançar felicidade, a busca máxima de qualquer ser humano. Quem não quer ser feliz é doente ou acha que para isso é preciso muito esforço, então desiste e prefere viver no meio termo, oscilando entre mornas felicidades de tempos em tempos, ao invés de buscar se aventurar na busca de alegrias e tristezas que se entrecruzam e fazem com que a vida se transforme numa louca vida rica em emoções, conhecimentos, encaminhada para a compaixão e sabedoria.

Desta forma, trabalhe muito e se divirta com isso. O trabalho é o meio que lhe possibilitará se locomover e a se interagir com as pessoas. As pessoas são curiosas dentro de seus hábitos e conceitos. É importante admirá-las em suas diversidades de comportamentos. Olhar nos olhos, sentir seu cheiro, seu perfume, ouvir sua voz, seu timbre, sua tonalidade, amar seu jeito e seu modo de pensar. O trabalho é imprescindível. Sem ele não é possível levar uma vida digna e saudável. Por isso não penso muito na previdência, como disse anteriormente, já que certamente trabalharei até morrer, e o dia que não tiver mais como trabalhar no que trabalho agora, trabalharei assim mesmo, em outra coisa, de outro jeito, em outro trabalho, em outra causa, mas trabalharei sempre, mesmo que apenas com a mente em funcionamento, trabalhando, projetando a felicidade de alguma forma, vivendo, pra frente.

As pessoas, como dito, são legais. Todas elas, sem exceção. Até os momentos de difícil lidar, tem seu fruto a gerar. Pense nisso. Na vida nada se perde, tudo se cria, tudo se transforma, como dizia Lavoisier.

Por fim, faça da sua vida um campo de flores e livros, mesmo num campo de batalha, sorria e não deixe de se comover, ler, praticar esportes, desde os mais simples e convencionais aos mais selvagens e exóticos. Leia poemas, literaturas, filosofias, romances diversos, sem barreiras, sem temor, mente aberta, livre-pensador, “caminhando e cantando”...

Bons tempos a todos!

Paz e glória no peito e na mente de cada criança, idoso, homem ou mulher de qualquer raça, país ou crença!

Edifica sempre!

Estamos aqui!

SAvok OnAitsirk, 02.04.12.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 02/04/2012
Reeditado em 11/04/2012
Código do texto: T3589661
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