Ele é preto mais tem alma branca.
 
Quantas vezes eu escutei essa frase dita por pessoa branca de almas brancas. Não lembro de ter escutado seu antônimo (se é que frase tem antônimo) ele é branco, mas tem alma preta.

Levando em conta que negro é raça (etnia) e preto é cor a frase "deveria" ser: Ele é negro de alma branca. Eu acho que a frase do título caiu em desuso por falta de negros no Brasil, não existem mais negros ou pretos no Brasil, quem não é branco é moreno, pardo, mulato, marrom bombom, e outras variações de cores politicamente corretas.

Ontem eu vi na tv um rapaz muito zangado por ter sido chamado de macaco por uma professora. Já vi também jogadores de futebol aborrecidos com torcedores europeus pelo mesmo motivo, ser chamado de macaco. Pobres macacos. Ser preconceituoso com os macacos pode, com gente humana não pode.

Dizem os estudiosos das leis que: “Chamar um indivíduo de "macaco" é injúria preconceituosa caracterizada pelo elemento raça, e não crime de racismo”.

Mais afinal aonde eu quero chegar com essa conversa mole e mal amarrada?

Dizer que alguém é preto mais tem alma branca denigre mais o caráter de quem disse a frase que ao caráter do “ofendido”.

Sentir-se ofendido por ser chamado de preto, de negro, de macaco, demonstra que você tem preconceitos quanto a sua etnia, sua cor, sua raça.

Porque se sentir ofendido ao ser chamado de macaco? O que o macaco fez de tão terrível assim?

Pretos, pardos, morenos, mulatos, marrons bombom, voltemos a ser simplesmente o que somos, negros e fim.

Sem essa palhaçada do orgulho de ser negro de ser isso ou aquilo, sem nos sentirmos ofendidos por tão pouco.



 
Yamãnu_1
Enviado por Yamãnu_1 em 04/04/2012
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