Cão vagabundo

Eu estava lá sentada na praça observando

o cão deitado à beira da rua.Rua movimentada,

onde os carros entram e saem das garagens e estacionamentos o tempo todo.

E ele lá. Alheio a tudo. Levantava e deitava em seguida, bocejando. Um cão vagabundo, com as pernas arqueadas, (me lembrou um mendigo, ou um bêbado)os olhos entristecidos.Ele não tem um lar, ele não tem comida. Ele procura restos nos lixos da cidade - suponho.

De repente ele sente o meu olhar e se aproxima abanando o rabo.Faz festa,anda ao meu redor e se deita aos meus pés. Ele deve perceber o meu amor aos bichos! Levanto-me e atravesso a rua. Ele me segue pidão. Na padaria pedi um sanduíche, bem recheado com presunto e voltei para a praça. Ele, entre pulos e grunhidos - acho que falava comigo - ganhou o pão. Comeu, olhando para mim, vez em quando.Levantou-se veio até os meus pés. Cheirou, olhou mais uma vez, bem no meu rosto,e se foi, trotando.

Votei pra casa sorrindo e pensando - por hoje ele não vai sofrer.

Sem pensar muito, na manhã seguinte, saí pela rua, procurando uma criança faminta.

Encontrei tantas...