BIOCOMBUSTÍVEL
Leio num jornal, com surpresa, que o Presidente da Cedae, Sr, Wagner Victor, estaria fazendo testes, numa pequena usina no Caju, bairro do Rio de Janeiro, com o que seria um promissor biodiesel, com custo de produção extremamente barato, pois a matéria-prima nada mais é do que o cocô humano!
Antecipando-se às incontidas gargalhadas e à chuva de gracinhas ridicularizando sua experiência, ele afirma; "Não é coisa de maluco, não; a gordura do cocô que desce pela descarga é extraída e, depois de processada, vira um combustível de boa qualidade!"
Vamos que o homem tenha razão! Caramba, um dos maiores problemas sanitários estaria, em grande parte, resolvido, como num passe da mágica! Mas, raciocinemos: se só for retirada a gordura do cocô, quanto vai sobrar? E o que fazer com o resíduo?
Já sei o que você está pensando, mas vai ser uma maldade com o pobre do Wagner!
E as implicações de toda a ordem que advirão do uso do tal combustível, mesmo admitindo que a sua queima não evoque a lembrança da sua origem?
Já vislumbro diversas cenas envolvendo o uso do novo combustível e uma delas seria o do caminhoneiro enguiçado na estrada que, num legítimo desabafo, diz:
- Já sabia, isso é por causa desse diesel de merda !
No que ele estaria absolutamente certo!
Se, por infelicidade, o novo combustível trouxesse, mesmo que levemente, um pouco do cheirinho da sua matéria prima, outra cena poderia acontecer quando o papai estivesse abastecendo seu carro, com toda a família dentro, com os vidros parcialmente fechados.
O ar que entra pelas janelas, trazendo aquele cheiro peculiar, provocaria séria discussão entre os membros da família, com cada um imputando a autoria do pum ao outro, inclusive ao pai que estava do lado de fora, mas encostado à porta.
E quando você for abastecer seu carro, o frentista vai ter que perguntar;
-E aí doutor, vai a aditivada ou a de bosta pura?
Vai ser, imediatamente criada uma estatal, com monopólio sobre a produção e que terá, como logomarca, o sugestivo nome de ENERMER e, rapidamente será transformada num enorme cabide de empregos. Seus funcionários serão conhecidos como merdarários.
Tenho como certo, porém, que a plebe, quando perceber a oportunidade de ganho, vai passar a ensacar o cocô e, com a falta de matéria prima, as usinas vão ter mesmo que pagar. O comércio de matéria fecal vai florescer e, paradoxalmente, melhorar a mesa do pobre, que assim, produzirá mais insumos...e o ciclo continuará.
Mas, como alegria de pobre dura pouco, uma estranha mutação genética vai ocorrer, para estarrecimento dos cientistas; recém-nascidos estão vindo à luz com a porta de saída costurada!
Acabou-se o biocombustível ,cujo sugestivo nome era BRASMER...mas que bosta!
Leio num jornal, com surpresa, que o Presidente da Cedae, Sr, Wagner Victor, estaria fazendo testes, numa pequena usina no Caju, bairro do Rio de Janeiro, com o que seria um promissor biodiesel, com custo de produção extremamente barato, pois a matéria-prima nada mais é do que o cocô humano!
Antecipando-se às incontidas gargalhadas e à chuva de gracinhas ridicularizando sua experiência, ele afirma; "Não é coisa de maluco, não; a gordura do cocô que desce pela descarga é extraída e, depois de processada, vira um combustível de boa qualidade!"
Vamos que o homem tenha razão! Caramba, um dos maiores problemas sanitários estaria, em grande parte, resolvido, como num passe da mágica! Mas, raciocinemos: se só for retirada a gordura do cocô, quanto vai sobrar? E o que fazer com o resíduo?
Já sei o que você está pensando, mas vai ser uma maldade com o pobre do Wagner!
E as implicações de toda a ordem que advirão do uso do tal combustível, mesmo admitindo que a sua queima não evoque a lembrança da sua origem?
Já vislumbro diversas cenas envolvendo o uso do novo combustível e uma delas seria o do caminhoneiro enguiçado na estrada que, num legítimo desabafo, diz:
- Já sabia, isso é por causa desse diesel de merda !
No que ele estaria absolutamente certo!
Se, por infelicidade, o novo combustível trouxesse, mesmo que levemente, um pouco do cheirinho da sua matéria prima, outra cena poderia acontecer quando o papai estivesse abastecendo seu carro, com toda a família dentro, com os vidros parcialmente fechados.
O ar que entra pelas janelas, trazendo aquele cheiro peculiar, provocaria séria discussão entre os membros da família, com cada um imputando a autoria do pum ao outro, inclusive ao pai que estava do lado de fora, mas encostado à porta.
E quando você for abastecer seu carro, o frentista vai ter que perguntar;
-E aí doutor, vai a aditivada ou a de bosta pura?
Vai ser, imediatamente criada uma estatal, com monopólio sobre a produção e que terá, como logomarca, o sugestivo nome de ENERMER e, rapidamente será transformada num enorme cabide de empregos. Seus funcionários serão conhecidos como merdarários.
Tenho como certo, porém, que a plebe, quando perceber a oportunidade de ganho, vai passar a ensacar o cocô e, com a falta de matéria prima, as usinas vão ter mesmo que pagar. O comércio de matéria fecal vai florescer e, paradoxalmente, melhorar a mesa do pobre, que assim, produzirá mais insumos...e o ciclo continuará.
Mas, como alegria de pobre dura pouco, uma estranha mutação genética vai ocorrer, para estarrecimento dos cientistas; recém-nascidos estão vindo à luz com a porta de saída costurada!
Acabou-se o biocombustível ,cujo sugestivo nome era BRASMER...mas que bosta!