O lixo nosso de cada dia

O lixo nosso de cada dia

Já cansei de ver coisas absurdas, acontecendo ao meu redor sem que eu pudesse fazer nada, uma delas é ver pessoas passando pela calçada, e jogando lixo no meio da rua. Hoje foi um copinho plástico de sorvete, jogado no meio do asfalto, enquanto atravessávamos a rua. A senhora simplesmente descartou o copinho no chão, lá na frente a menos de dez metros, tinha uma lixeira vazia.

Outra coisa que acaba com a minha paciência, é a cegueira de alguns motoristas e a impaciência dos motociclistas, eles sabem que o sinal está fechado para eles, e continuam com suas máquinas, dispostos a passar por cima dos pedestres, como se eles jamais tivessem atravessado uma rua a pé, ou tivessem nascido com quatro rodas no lugar das duas pernas.

Fatos pequeninos do cotidiano, que se repetem Brasil a fora. Isto é o progresso! O preço que pagamos por estarmos mais informados, informatizados, uniformizados e cada vez mais descivilizados, ignorantes, autômatos, e como nunca se viu antes na história da humanidade, agressivos, violentos, destruidores. Caminhamos para um final trágico. Pobre humanidade, que é feita de tantos eus, inflados de egoísmo, e esquecidos de olhar para a própria imagem, refletida nos pequenos atos inconsequentes, inconscientes, que praticamos sem nos dar conta que tudo o que fazemos para os outros, volta-se para nós numa progressão assustadora.

É mais do que uma questão de cultura, ou educação. É a necessidade de amadurecer, e ver, e sentir que não dá para continuar do jeito que está.

Quando comunidades inteiras são destruídas pelas chuvas, logo é necessário arranjar um culpado. O político corrupto que não fez as obras de saneamento necessárias, uma catástrofe ambiental, resultante do aquecimento global, e inúmeras outras respostas, quando sabemos que cada um tem sua parcela de participação no acontecimento coletivo.

Não precisamos de modelos estrangeiros, precisamos mesmo é de soluções inteligentes e eficazes. É preciso acordar para a realidade, de que não estamos nesse planeta só de passagem, e que nossa vida não é apenas uma viagem à terra encantada. Precisamos amar o que temos, nossas vidas depende de como utilizarmos os recursos disponíveis hoje.

O lixo se tratado, e reciclado, pode transformar-se em fonte de renda, em geração de energia, em despoluição dos rios e mares. Vamos fazer nossa parte. Abrace essa causa, influencie outras pessoas, seus familiares, seus amigos, seus conhecidos.

Atenção! Não vá varrer a casa e esconder a sujeira debaixo do tapete. Ponha tudo para fora, faça uma faxina por inteiro. E por favor, da próxima vez que ultrapassar o sinal, não vá dizer que estava atrasado para o trabalho, e isso lhe dava o direito de jogar o carro em cima do pobre cão, que ficou esticadão no asfalto. Se não quer chegar atrasad, acorde mais cedo, e se não quer sujar o chão, leve um saco plástico na bolsa, ou no bolso. E por favor, quando levar seu cachorro para passear, leve-o devidamente preso a uma coleira, com corrente, e se preciso for mordaça. Nunca se sabe quando um cão feroz vai avançar numa criança inocente, etc.

É maravilhoso Senhor, ter tanto orgulho de ser cidadão, e usufruir todos os seus direitos, quando também fazemos a nossa parte. Outra coisa, que ia pedir-lhe também, aquela música alta que escutas no teu celular, achando que estás abafando e obrigando todos os passageiros do ônibus escutar, deveria ser ouvida apenas por teus ouvidos, como? Isto mesmo estou te dizendo “na boa” que não estás com nada, e neste caso, deves fazer uso, amplo e irrestrito dos “fones de ouvido”.

“O lixo nosso de cada dia”, é uma série de acontecimentos que não devemos deixar de combater. Não somos obrigados a conviver com o que não nos agrada. Tem um provérbio que diz: “quem cala consente”.

Temos o poder de tudo transformar. E se é de nosso interesse, porque não melhorar? Vamos arregaçar as mangas e começar?

De longe parece que a montanha de lixo era maior do que verdadeiramente é. Sabe quando nos acomodamos o lixo parece que vai entrar pelas portas e janelas, uma vez que começamos a eliminá-lo de nossas vidas, a gente começa a enxergar com mais clareza e consegue sentir ao

Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 10/04/2012
Código do texto: T3605643
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