ROSA  BRANCA


Autor: Zé Renato Rodrigues



Era bem cedo, o galo ainda cantava no poleiro quando um caboclo se levantava para tomar seu café e depois caminhar para o roçado. A manhã frienta oferecia ao sertanejo muitas lembranças e saudades. O balançar de uma roseira no canto da velha tapera mexia com seu coração que às vezes arrancava pedaços. Pois foi numa madrugada fria quando há tanto tempo ele fazia uma serenata para a mulher amada, a qual retribuía com um beijo e uma rosa vermelha daquela amiga roseira. Aquela planta inocente formando um tapete de pétalas que o vento jogava ao chão, mostrava um mundo de desespero no amanhecer do sertão, onde vivia esse pobre desenganado do destino. Tentou tocá-la, mas seus espinhos feriram sua mão. E assim, mais uma lágrima perdida corria no rosto daquele caboclo solitário.


"NA CALADA DO AMANHECER UMA VOZ A ESTREMECER".


No silêncio daquele recanto, um bater de palmas o despertava. O sertanejo disse:
- Quem é? Uma voz mansa dizia:
- Sou eu! Vim para te consolar! O caboclo abriu a porta. E lá estava: "um barbudo trajado de roupas brancas". Calmamente aquele homem lhe dizia:
- Não chore. O caboclo desiludido insistia em dizer:
- Choro porque perdi minha mulher amada. O barbudo andarilho tirou de uma sacola uma rosa branca e disse:
- Trago do céu onde ela foi morar. É um presente que ela mandou eu trazer a você. Ela também ainda te ama e pediu para que não chore. Naquilo foi sumindo pro espaço, fazendo o sertanejo entender que JESUS CRISTO veio lhe fazer uma visita, e a mando de sua amada, trazendo um símbolo de paz e consolo aos seus dias tristes.



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Zé Renato Rodrigues
Enviado por Zé Renato Rodrigues em 15/04/2012
Reeditado em 26/04/2013
Código do texto: T3614104
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