QUANDO EU AINDA VIVIA EM MARTE

Tudo era muito diferente quando eu ainda vivia em Marte, pois lá a vida era muito mais valorizada por todos os seus habitantes, nada era banalizado e o planeta seguia seu curso normal, tendo o meio ambiente como prioridade: Os rios eram sagrados naquele planeta, pois deles brotam vida; desmatamentos somente eram feitos em áreas de reflorestamento; as indústrias transformavam seus dejetos em energia e os rios eram poupados, e ainda, o esgoto também dele era retirado energia para a sobrevivência do planeta. Os marcianos todos viviam na mais pura harmonia, sem atritos e sem nenhuma forma de violência. A paz reinava naquele mundo, harmonia e a felicidade faziam da vida dos habitantes um verdadeiro “paraíso”. Lembro que o trabalho era compartilhado de maneira solidária e todos tinham um digno salário, um bom plano de saúde, os colegas eram companheiros e se respeitavam em todos os sentidos. Também me recordo que o atendimento público de saúde era de modo que todos ficavam satisfeitos, os médicos olhavam nos olhos dos pacientes e atendiam cada pessoa no mínimo em trinta minutos e não em 30 segundos como acontece em "outros planetas", os chamados planos de saúde da família funcionavam em sua plenitude e por isso os vários pronto socorros do planeta não ficavam lotados à espera de atendimento. Ah, que saudade daquele paraíso! Assaltos, estúpros, sequestros, corrupção, lavagem de dinheiro e vários outros crimes lá era coisa rara, mas quando isso acontecia a polícia prendia e todos os eram julgados rapidamente e condenados de acordo com o delito de cada um e o mais importante cumpriam a pena em regime fechado: A polícia prendia e todos ficavam presos, nunca eram soltos no dia seguinte após assinarem termo de responsabilidade proposto por advogados de porta de cadeia porque lá em meu planeta natal não havia este tipo de "profissional".

Em Marte a população cobrava dos governantes seus direitos pois eram esclarecidos e sabiam que tudo era construído em prol de todos pelo dinheiro dos impostos pagos, e o que lá fazia a diferença era o "voto", era coisa sagrada e ninguém o vendia por nada, muito menos por conchavos políticos ou por cargos prometidos por candidatos a cargos eletivos. O tráfico de entorpecentes em marte não existia tendo em vista que a Educação era aplicada de forma imprescindível, de qualidade e com professores bem preparados e bem pagos pelo governo; a família era estruturada e as crianças educadas com muito amor, afeto e sobretudo atenção por parte dos pais. A juventude de Marte era "viciada" em gentileza, presteza, religiosidade, ética, fidelidade e muitas outras virtudes inerentes à pessoas de boa índole e educadas. Aqui na Terra tenho observado muita coisa diferente lá de Marte, mas ainda consigo ver semelhanças como a escassez de água do nordeste brasileiro...Ah que saudade de quando eu ainda vivia em Marte!

MARCIO ZANNOVITCH
Enviado por MARCIO ZANNOVITCH em 19/04/2012
Reeditado em 27/04/2012
Código do texto: T3622021
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