Algo para ficar na historia
Eu sempre fiquei me perguntando como um homem faz para ficar na historia. Alguns fazem coisas fenomenais e nunca serão lembrados, outros fazem pequenas coisas e para sempre estarão no imaginário popular.
Se você é um midiático é muito mais fácil ser lembrado, mas se você é alguém comum e consegue fazer algo realmente importante então sua historia é muito mais surpreendente. O imaginário mundial é rápido, passageiro, mas basta alguns nomes para que todos lembrem-se rapidamente de quem os são: Getulio Vargas, Fernando Collor, Airton Senna, Pelé, Ronaldo Nazário, Eliza Samudio, Eloa Pimentel, Renato Russo, Chico Anísio, Machado de Assis, todos personagem da própria historia mas donos de páginas da historia de muita gente, seja positivamente, seja negativamente ou melancolicamente.
A verdade é que nossa historia é uma conjuntura da historia de outras pessoas, uma coisa levando a outra, e assim por diante até que você é colocado numa historia onde as coisas podem acontecer e marcar uma época ou uma geração.
O mundo é uma engrenagem, uma coisa leva a outras, o homem inventa e geralmente outros aprendem a usar, quer ver um exemplo, dizem que foi os ingleses que inventaram o futebol, mas tenho para mim que foi o brasileiro que disse para que servia.
Em uma manhã um homem acorda atrasado, por isso não toma café, pega o carro e sai a dirigir em alta velocidade para não se atrasar e no meio do caminho encontra outro carro de alguém que não tem nada que ver com a presa daquele e bang, os dois batem-se e pronto.
Uma mulher sai de casa pro trabalho, não esta nem um pouco interessada em nada, mas naquele dia um homem até então desconhecido se declara para ela e no final do dia ela deixa de ser uma solteira para entrar na área das ficantes, depois namorada, noiva e pronto uma senhora casada, quer dizer a única coisa que ela fez foi sair de casa naquela manhã.
No fim disso tudo há uma força maior que acaba gerando situações, e estas situações acabam gerando alternativas e as escolhas de tais, acaba por gerar aquilo que chamamos de historia. A verdade é que não passamos de peças em um tabuleiro de xadrez, só consegue o xeque-mate quem faz as melhores escolhas, mas as nossas escolhas dependem muito da intenção do outro jogador e infelizmente nossas peças tem que ser mexidas de acordo com os movimentos dele.
Jonas Martins
Enviado por Jonas Martins em 24/04/2012
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