“O Leão de Aço”.
E
“A Adaga do Cavaleiro.”



Conta à lenda, que em um país qualquer, havia um cavaleiro imbatível.
Mandara forjar suas armas, escudo, espada, elmo, enfim tudo em material desconhecido.
Com isto, se já era valente, ficou imbatível desbaratando exércitos com muito pouca ajuda, pois seus soldados eram em pequeno número.
Mas um dia levado pela ira, vingou-se de uma ofensa contra uma família inocente.
Todos os cavaleiros juravam defender a lei e a ordem.
Isto foi demais para ele, havia ofendido tudo que ele tinha de caro.
Por causa disso, despojou-se das armas escondendo
uma em cada lugar, mas desconhecido de todos.
Recolheu-se a um mosteiro para meditar.
Um camponês que cuidava de algumas ovelhas, pois era muito pobre.
Parou próximo de algumas pedras, para comer seu mirrado farnel.
Estranho brilho nas pedras atiçou sua curiosidade.
Caminhou até o local e viu uma adaga com bainha de metal muito bonita.
Estava presa a um cinto de couro largo, tinha em sua bainha de metal estranhas inscrições.
Ele que mal sabia ler, dificilmente conseguiria decodificá-la.
Era um rapaz super honesto, apanhou a adaga para restituir ao dono.
Não havia ninguém por perto e se alguém lhe perguntasse diria onde a achou, só que não iria dizer que encontrou, pois teria que ter uma fábrica de adagas, para devolver à tantos donos como sabia que apareceriam.
De tardezinha, quando chegou à vila em que morava encontrou todos nervosos.
Um grupo pequeno de soldados de um país vizinho se aproximava, com a intenção de saquear a vila que quase nada tinha.
Todos se preparavam para se defender, pois para fugir não havia tempo.
No meio daquela gritaria toda, surgiu do nada o camponês, quase nu, era um andarilho todo maltrapilho.
Os aldeões e os próprios soldados nunca viram ninguém lutar daquele jeito.
Naquela hora surgia o mito do Leão de Aço.
Só os que escaparam da fúria do guerreiro puderam contar da valentia de um homem sozinho, que colocou uma tropa para correr.
Como seu nome não importava, pois era desconhecido, foi batizado por todos como “Leão de Aço”.
Pegou as melhores vestes e armaduras, que colocou em seu corpo complementando também com espada, escudo e elmo.
Foi-lhe ofertada muita comida, que ele pegou só o suficiente para matar a fome.
Mas o povo da aldeia era pobre, porém honesto e teriam perdido tudo, então acharam por bem dar uma parte para o cavaleiro.
Nesta hora, desaparece o aldeão e nasce o cavaleiro.
Mudou a sua postura e passou a andar de maneira diferente.
Porém só não perdeu a humildade, tratava todos de maneira igual.
Acumulou armas de inimigos, virou um guerreiro realmente.
A força da adaga era real, porém, treinava muito e começou a lutar a sua maneira.
Sua armadura agora era nova, seu cavalo muito bonito de uma cor negra purpúrea, parece que fora pintado a mão.
Não era um homem feio, apenas a pobreza encobria sua real beleza.
Com roupas novas, barbeado, com os cabelos aparados, não eram poucas as raparigas aldeãs ou até da nobreza, que após ele passar ficavam olhando e suspiravam, talvez almejando dar uma volta na garupa de seu cavalo.
Sua fama era tal que os pequenos reinos imploravam sua presença, para ajudar em seus combates ou simplesmente decidir divisão de terras, que era muito comum na época.
Foi aí que surgiram os Landmarks, por decisão unanime todos deveriam respeitar as propriedades dos outros.
Tinha ele grande simpatia por uma dama de um reino distante.
Porém o rei, já tinha seu campeão e provavelmente candidato à mão da princesa.
Quando chegou ao local onde haveria o torneio muitos competidores desistiram, pois lutar com ele seria perder com certeza.
O campeão do reino já ouvira falar, mas não o conhecia e lutava muito bem.
A princesa que conhecia todos os participantes estava muito triste, pois sabia que iria ficar com o cavaleiro de seu pai.
Ao ver nosso guerreiro, acho que foi amor à primeira vista, se enamorou.
O prêmio era um baú de ouro e a mão da princesa.
Nosso guerreiro foi eliminando um por um, sendo que de sua parte, o cavaleiro do reino também o fazia e com requintes de maldade.
Chegou a hora de terçarem armas.
Nenhum deles demonstrou medo.
Depois de mais de uma hora, estavam muito cansados.
Só um golpe de sorte decidiria o combate, pois lutavam de forma igual.
Já haviam desmontado e o destino seria no espadagão.
Nosso herói,o Leão de Aço tinha a preferência de todos e cada golpe era recebido com gritos de Urra.
Em um golpe feliz, o cavaleiro do reino conseguiu arrancar o espadagão do leão de aço.
Feliz foi para cima dele para dar o golpe de misericórdia.
Quando levantou os dois braços, recebeu o golpe da adaga bem no meio do peito caindo fulminado.
Nnosso herói caminhou até o rei recebendo seu merecido prêmio, bem como  um lenço da princesa.
Daquele dia às núpcias não se passou quinze dias.
E a partir daí quase todos os reinos se uniram e formaram o grande reino de I..., este nome não me foi autorizado falar.
a partir de então todos viveram felizes para sempre.

OripêMachado.
Oripê Machado
Enviado por Oripê Machado em 25/04/2012
Reeditado em 26/04/2012
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