Preguiça!

O que acontece é que eu tenho muita preguiça de quem quer que tudo corra às mil maravilhas. E corre a mil por hora para chegar no trabalho às 8 em ponto. Eu tenho preguiça de gente metódica. De quem diz que é perfeito e deixa a toalha molhada em cima da cama. Que preguiça!!!

Tenho preguiça de quem acorda se penteando. Só fica de salto e gravata. E fala bonito o tempo todo. Preguiça de gente que teima que não se contradiz, que quer acertar tudo e segue planos falidos. Preguiça de quem não fala de amor. De quem fala de amor em vão. Que diz não mentir. Que corre da chuva. Que reclama do sol. (PREGUIÇA!!!)

Aí eu fiquei com preguiça de mim. Uma preguiça enorme. Gigante! Nossa! Eu fiquei cansada de implicar com sua cerveja, com esse seu cigarro. E de me embebedar na primeira oportunidade. E ainda, tragar o resto de alguns dos tais cigarros. Fiquei com preguiça de mim, porque morro de preguiça de gente hipócrita e de falso moralismo. Não quero me tornar um desses tipos de gente! Simplesmente cansei. Vou te deixar por isso. Vou te deixar ser feliz à sua maneira. Tenho meu jeito de ser feliz, sigo aquilo que acredito que é bom, mas é bom pra mim! Vou respeitar suas escolhas. Não quero ficar com preguiça de mim por tanto tempo assim. Gosto tanto de ser livre e não sei porque venho te prendendo tanto, criando tantas barreiras.

Tudo bem! Já não me importo. Deixei pra lá! Deixei você com suas manias e aí você me deixa com as minhas. Você fuma e eu leio. Você bebe e eu escrevo. Você toca violão e eu canto pra você. Canto com você. E vamos nesse encaixe, nesse encontro, conforme a música. E tudo fica melhor nessa medida. Com medida. Com limite. Os seus. Os meus. E tudo se ajeita.

AnaNunes
Enviado por AnaNunes em 29/04/2012
Reeditado em 24/02/2013
Código do texto: T3640522
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