Minha gente, o que fazer?
 
Eu não ando aguentando o que vejo, o que leio e o que escuto, seja na TV, na Internet ou banca de jornal. E não é de hoje. Estou cansada de almoçar em casa ou em restaurantes vendo e ouvindo o que mostram na TV. É o caminhão que entrou na contramão, bateu no carro estacionado e duas pessoas morreram. Ou o moto-boy que foi atropelado na Marginal X ou Y. Não quero saber a razão dessa violência, se o motorista havia trabalhado por doze horas seguidas, ou se aquele que guiava a moto abusou no trânsito. Não me interessa pensar sobre o fazendeiro morto pelo seu ex-empregado, ou na criança que foi abandonada pela desajuizada que a pôs no mundo. Também não admito ver o desespero da mãe ao saber que a filha foi estuprada ou quase. Não acho correto um homem abusar de uma menor. Mas... Às vezes concluo que essa menina de seus doze anos, que estava vestida com a pouca roupa do modernismo, tivesse causado desejos de tara em certos homens, mostrando-se exageradamente provocante. Será que ela não tem mãe que cuide dela, que a oriente? Ou será que essa sua mãe somente soube fazer neném e não uma filha? Além do que, os pais dessas meninas ou adolescentes nunca estão presentes; sabe-se lá onde estão?! Por outro lado, não quero nem tentar saber o porquê da polícia não prender os suspeitos ou réus confessos, ou ainda ladrões que continuam andando à solta por aí. Tudo isso me sufoca, me deixa agoniada e descrente.

A verdade é que não estou mais suportando tudo isso.

Mas o que fazer para me livrar disso? Não abrir as páginas principais da internet? Não passar perto de bancas para não ver as enormes letras anunciando as tragédias nos jornais? Pouco se ouve falar de uma boa notícia, nova exposição de flores ou algo cultural, seja um simples livro que será lançado. Não devo olhar nem ouvir quaisquer canais de TV, onde pouco é apresentado de interessante, mas ressaltam o tema da nova novela que irá ao ar, a qual certamente não trará bons ensinamentos durante todos os seus capítulos. E quanto aos programas de auditório? Um horror!

Incapacitada, eu humildemente pergunto: O que fazer?
Deyse Felix
Enviado por Deyse Felix em 01/05/2012
Reeditado em 28/11/2016
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