Taxistas do Rio de Janeiro

Estive no Rio de Janeiro. Viajar é sempre bom, é enxergar a vida do lado de fora, ao longe. Viajar é sair da mesmice, do cotidiano temeroso do dia-a-dia. Viajar é blablablá. Retorno satisfeito. Entretanto, volto convicto: cheguei a Porto Alegre alarmado. Não com o nu frontal de Carolina Dieckmann, nem com o sotaque chiado do povo carioca e nem porque não pude ver Ronaldinho Gaúcho ou Vagner Love em rodas de samba na lapa. Voltei alarmado com a má educação das pessoas que “pilotam” taxis. Essas pessoas, estes inconformados homens, estes poderosos seres, estes reis magos, todos estes, não deveriam ser chamados de taxistas, correndo o risco de tecer valor negativo a essa tão bela profissão. Sei que é a minoria, ou espero que seja. Também não generalizo, ao passo que todas as médias têm extremos. Sei que muitos dos taxistas cariocas são de excelente educação. Mas, infelizmente, todos os taxistas que me transportaram foram mal educados. Os taxistas aceitam (e quando aceitam!) com muita insatisfação corridas curtas, de pouco valor. Não acessam algumas regiões do Rio (um exemplo claro é Santa Tereza). São insatisfeitos, agressivos, violentos, maliciosos, malandros. Este não é o retrato do povo carioca, é apenas uma pequena máfia que se molda e explora a partir das necessidades do povo. Existe curso de boa educação?