A CURTA TRILHA
 
Temos, apenas, uma vida e, aliás, muito curta!
Além do mais, ninguém vive plenamente  a sua vida; perdemos muito tempo com insignificâncias, damos importância maior a detalhes corriqueiros, a miudezas!
.O tempo é pequeno para tanta informação que necessitamos absorver, há empecilhos de toda a ordem a consumir horas preciosas;  há as preocupações e lutas contra doenças,  situação financeira e econômica, amores frustrados, esperanças natimortas, amizades que acabaram se mostrando enganosas.
O horizonte que mirávamos figuradamente, se mostra tão distante quanto aquele em que se juntam céu e mar.
Acossam-nos toda a sorte de perigos a que estamos sujeitos diariamente, como alto preço a pagar por vivermos numa grande cidade, onde tudo deveria ser mais acessível, inclusive a nossa segurança.
Justamente quando deveríamos dispor de mais tempo para reflexão, para análise do que, realmente, fizemos na vida, o tempo vai mais acelerado, a visão falseia, o raciocínio, da mesma forma, desacelera  e a saúde o acompanha no declínio.
No balanço honestamente traçado, o que - na realidade - contabilizaremos a nosso débito e crédito?
De um lado inscreveremos tudo o que deixamos de fazer , como: estreitar amizades, amar sempre e cada vez mais,e desmedidamente, ajudar sem pensar em retribuição, manter a família unida e coisas que tais.
Do outro lado você vai escriturar tudo aquilo que se deva à sua passagem por esta vida e que permanecerá após a sua morte, porque, isso sim, marcará e justificará a sua existência, como:
os filhos que  teve, as árvores que  plantou, os textos literários, as obras de arte ou as músicas que criou, os grandes amigos que sempre lembrarão de você, as mulheres (ou homens) que  amou, as pessoas que, desinteressadamente, ajudou...  Se o saldo for positivo, poderá, então, ir em paz; você, com certeza, viveu!
 
              “  Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, e depois, perdem o dinheiro para recuperá-la.  Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro.
                  Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se não tivessem vivido.”    (Confúcio)
 
 
(Não deixe de ler o colega Carlos da Costa)  
paulo rego
Enviado por paulo rego em 22/05/2012
Código do texto: T3681512