Por conta do affair da “global” Carolina Dieckmann, inteirei-me, enfim, das famosas fotografias privadas da atriz Scarlett Johansson, postadas na internet  por um hacker que já foi julgado por um tribunal.
 Ambos os episódios apresentam um detalhe edificante...
No que tange a Scarlett  prende-se  à possibilidade de confirmar (se necessário fosse) que a moça  tem um traseiro firme e seios bonitos (ou vice-versa), e um celular com máquina fotográfica. Celular que fotografa, segundo parece, gera uma espécie de tentação pela vertigem do automironismo narcísico, fenômeno que, apesar das minhas naturais limitações, posso compreender e até aceitar com certo carinho (lamentando, embora, que não existam no mundo hackers suficientes para divulgarem todos os talentos inatos merecedores de prestígio internacional).
 As fotografias de Scarlett e Carolina parecem-me, isso sim, remeter para uma dimensão profundamente poética. Olhe-se por onde se olhar, as atrizes aparecem, nas imagens, tocadas por uma melancolia profunda, sem truques.
As fotos de La Johansson a apresentam um pouco desgrenhada e com olhos de quem acabou de acordar. É uma mulher normal, ou, pelo menos, uma mulher normal que tem um traseiro firme e seios bonitos, mas que, apesar de toda a fama que tem e de todos os fotógrafos que  a fotografaram, chega em casa e, como qualquer ser humano enfadado e inseguro, enfrenta o desamparo da solidão e a necessidade inapelável de fotografar o próprio traseiro refletido no espelho. Ninguém diga, pois, que tudo está bem, mesmo se, à primeira vista, nada pareça estar particularmente fora do lugar...