Nunca diga nunca

Somos finitos enquanto vivemos nesta forma. No entanto, costumamos nos esquecer disto. Não por crença, mas pela repetição impensada de expressões ouvidas aqui e ali. Assim é que cada vez que contrato serviço de reforma, em meio ao transtorno eu prometo: “nunca mais faço reforma aqui em casa!”.

Nunca mais é muito tempo. De um ano para outro consigo me recuperar do baque e esqueço a promessa. Em março não foi diferente. Decidi contratar um servicinho leve, que imaginei não deixaria a casa de perna para o ar. Pois bem...  Anos residindo aqui chegou a hora de efetuar a troca da fiação elétrica do apartamento. No primeiro dia necessitei sair para comprar um lustre. Deixei o eletricista e seu ajudante trabalhando. Quando retornei, qual foi a minha surpresa ao encontrar a casa tomada por fios elétricos de todas as cores pendentes do teto até o chão. Uma verdadeira orgia de cores e caos. Novo desespero.  Antiga promessa: “nunca mais...”.

Acontece que reforma de pobre não tem fim. Antes de instalar os armários da cozinha necessitei que o teto fosse rebaixado. Com qual material? Gesso! Já que estaria com a mão na massa (eu não, o gesseiro), de contrapeso aproveitei para rebaixar também o teto do banheiro. Tudo recoberto com lona, jornais, etc. Mas pouco adianta.

Felizmente o resultado vale a pena, depois de uma santa ajuda para por moral na casa. Já que estou no meu ano sabático, aproveitei e contratei o gesseiro para mais diversão na próxima semana! “É isso aí”, como canta a Ana Carolina... Do pó eu vim ao pó retornarei.



meriam lazaro
Enviado por meriam lazaro em 01/06/2012
Reeditado em 15/07/2012
Código do texto: T3699229
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