Amizades,  presentes da vida


Flores de presente, um mimo de Obery para suas  visitas e esposa

 
Parte da tribo Potiguar que inclue uma alagoana

    Nos dias atuais, com tanta gente desconfiada e neurótica questionando qualquer demonstração de sentimento, a amizade e o amor parecem sentimentos fora de moda, mas não faço a menor questão de ser moderna, quando é esse o assunto.
     Das minhas andanças aqui e ali, em situação de trabalho ou de passeio estou sempre atenta para o que a vida, por sorte ou merecimento, pode me proporcionar.Gosto da sensação de conhecer pessoas e lugares e, melhor de tudo, a possibilidade dos reencontros, de estreitar laços, consolidar afetos.
    Estive por alguns dias em Natal para participar do XV Encontro Nacional de Educação Infantil promovido pelo Núcleo de Educação da Infância CAp /UFRN e posso dizer que nessa cidade cultivo amizades muito especiais. Evidente que estando na cidade, certamente que tentaria ver ao menos alguns, os que me sinto mais próxima, os que de algum modo me relaciono com mais frequencia.
     Levo a sério as amizades, os afetos que construo em qualquer tempo e lugar.Não sou ávara de sentimentos e não tenho dúvidas que essa é a parte boa da vida. Me faz bem querer saber de suas vidas, se estão bem, de verdade. Me faz bem rever, conversar, relembrar amigos e amigas em comum, quando os temos. Me faz bem saber um pouco da vida do lugar onde estou, pelo olhar atento e inteligente daqueles que escolhi e me escolheram como amiga.
    Alguns dias antes de viajar tentei num email coletivo para Raimundo Antônio, Márcia Kaline, Cellyme, Ângela Rodrigues e Antonia Zilma marcar um encontro em torno de uma pessoa querida e especial que é o escritor Obery Rodrigues e sua família. Aliás, não posso deixar de dizer que esse grupo de pessoas queridas de Mossoró, que me receberam em sua cidade com um carinho e uma gentileza que só se devota a amigos especiais, são exemplos de presentes que a vida me deu.
    No ano passado tive a alegria de estar junto com Obery e sua linda família no dia do seu aniversário e foi maravilhoso. Querendo reviver um pouco tudo aquilo, falei com Simone sua filha e nossa querida amiga, que de pronto aprovou a ideia e ficamos na expectativa.
     Infelizmente, por compromissos já assumidos, as queridas Cellyme, Márcia Kaline e o querido mestre Raimundo Antônio, responsável direto por esses laços que se estreitam cada vez mais, não puderam estar entre nós, mas foi maravilhoso contar com a alegria de Ângela e a gentileza de Antonia Zilma no nosso encontro.
     Ah, quantas coisas e quantas pessoas fazem a vida valer a pena! A família de Obery é uma alegria para o nosso coração. Filhas e filhos, genros, nora e netas estavam lá para partilharem conosco desse convívio terno e fraterno, que me faz aprender tanto com a simpatia e o calor humano que transborda nesse amigo tão caro!
    Nem preciso dizer o quanto foi bom “juntar” ele, Ângela e Antonia Zilma, o quanto foi bom abraçar, dar risada junto, o quanto foram maravilhosos esses momentos com sua família, em especial com Simone, amiga e filha de um coração sem tamanho.
    Exausta de uma maratona de compromissos em vários lugares, voltei de Natal mas convicta ainda de que as energias afins se aproximam.E que essas boas energiam iluminam nosso caminho.Esse grupo de pessoas tão especiais já ultrapassaram e muito as fronteiras da virtualidade (ainda falta Cellyme!) e cada vez mais estreitam seus laços de afeto, de companheirismo e amizade.
     Ah, em Natal também visitei Zélia Freire essa pessoa de tão boa prosa que é sempre uma alegria revê-la, conversar com ela. Conheci também o esposo de Ângela e o filho mais novo, aliás, já os conhecia de foto e foi só confirmar o quanto são gentis e simpáticos como ela.
    E para acrescentar a minha viagem um toque muito especial pude rever e prosear um tanto com minha amiga de Movimento Estudantil (pasmem!) Fátima Feitosa, hoje professora do IFRN.Demos risadas quando lembramos que há exatos 30 ANOS nos conhecemos na militância.
     É. Foi uma viagem e tanto!Obrigada aos queridos e queridas amigas que tornam suave nosso caminhar, nessa dimensão.Obrigada sempre pela alegria e o aprendizado do convívio. No poema de um mossoroense, o poeta Antônio Francisco, que também tive o prazer de conhecer quando em Mossoró estive, a tradução do meu sentimento desse nosso jeito de ser e de viver.
    “Para nós sermos amigos de verdade/precisamos amar e querer bem/repartir nosso pão pela metade/dividir nossos sonhos com alguém/plantar uma semente de amizade/no jardim onde nasce a solidão/e dizer no ouvido dum ermitão:/plante um pé de amizade em sua horta/amizade é a chave que abre a porta/do castelo onde o mora o coração”

                               
 
 
 
Conversa boa e companhias melhor ainda
 


Depois do jantar a sobremesa, adoçando ainda mais a vida


A hora do café


Momentos especiais entre amigos


Minha amiga Fátima e nossos 30 anos de encontros e reencontros