Ladrão, Ser ou Não Ser . . .

Cidadão e cidadã brasileiros já repararam bem nas coisas? Já? E a maioria chegou a conclusão que “tem mais é que roubar mesmo”, ou me engano? E não me venham com essas caras de “eu não roubo nada e nem ninguém”, pois quantos ai já não compraram aquele DVDzinho pirata do filme em moda, assunto obrigatório em todas as rodas? Sabem né, aquele que só daria para comprar no dia do pagamento ou da mesada (ainda era dia 15 e nada mais de vales este mês), todo mundo estava assistindo ou já tinha assistido, comentando nas rodinhas e ainda por cima olhavam para você pedindo sua opinião. Ir ao cinema nem pensar, com aquelas filas e todos aqueles relatórios, trabalhos e pesquisas bem ali para serem feitos e entregues, só dava mesmo para colocar em dia no final de semana, mas depois será tarde, o assunto vai esfriar e você passa a ser mais um destes alienados culturais que andam por ai, não será mais consultado, nunca mais vai ser levado em conta. Situação desesperante mesmo esta. Bem aos que disseram não, aos que resistiram e não apelaram à pirataria PARABENS, afinal não estou aqui para fazer apologia ao crime, claro que nem para condenar ninguém.

Parabéns aqueles que mesmo sabendo e lembrando que, no preço de loja tem trinta e tantos por cento de impostos cobrados pelo governo, o qual por sinal não apresenta nem como, nem de que jeito emprega este nosso dinheiro e cujos serviços são de qualidade no mínimo duvidosa, tendo-se em vista as quantias arrecadadas e tendo-se fora de vista as contas bancárias de paraísos fiscais (daí serem chamados “paraísos”), as quais só aparecem, quando aparecem, em meio a escândalos vampirescos (vide sanguessuga); ou com sirenes para tudo que é lado (vide ambulância); alguns até com status de importados lembrando “Watergate” (vide compra e venda de dossiês); levam um tempão para serem devidamente apurados os envolvidos, os responsáveis, os beneficiários e as quantias envolvidas então? Estas até serem apuradas, achadas, contabilizadas e devidamente devolvidas (quando são) ao erário, já deram até netos aos bancos nos quais estão depositadas. Mas não culpo por isto a polícia não, afinal os meios de desvio e transporte destas quantias são os mais variados e inventivos possíveis (vide cueca), o que torna o trabalho destes servidores realmente muito difícil de ser feito. PARABENS.

Todos estes fatos acrescidos do gosto por pizza, que reina em algumas áreas do poder público, as quais deveriam gostar é de rapadura, afinal é doce mas não é mole não, como deveriam ser os nossos representantes eleitos e demais servidores públicos em geral. Servidores e representantes estes que, mesmo apresentando diferenças gritantes em seus contra-cheques, em sua grande maioria tem algo em comum: em vez de serventuários parecem mais proprietários em relação aqueles que pagam seus salários. Mas ai também não cabe culpa maior a estes “exemplares” servidores desta nação, pois só por aqui mesmo se vê manter em um cargo executivo alguém que não sabe de nada do que acontece ao seu redor, nem mesmo com seus auxiliares diretos. Algum dos leitores conhece alguma empresa usuária de tal metodologia? Ou seja, que a manutenção ou não de um funcionário em seu cargo, seja do alto ou baixo escalão, independa de sua produtividade e da qualidade dos serviços do funcionário prestados a ela. Pois no nosso governo é assim.

Parabéns aqueles todos que, mesmo recebendo uma remuneração mensal de meio por cento (mais uma inflação sempre calculada pelo menor índice) dos bancos pelo seu capital investido, e pagarem até mais de dez por cento ao mês pelo mesmo capital tomado em empréstimo destes mesmos bancos. Os quais por sinal acho serem regidos por leis próprias, já que discordam do Código do Consumidor, fazem o que bem querem e ainda têm empréstimos e coberturas de seus “enganos” na aplicação dos fundos neles depositados, feitas pelo governo (com que dinheiro?), a juros baseados numa tal de “CELIC” (não me perguntem o que quer dizer isto), que é atualmente, e já há algum tempo, inferior a um e meio por cento ao mês, isto sem falar nas condições de prazos e refinanciamentos, das quais sei menos ainda que destes empréstimos, afinal também sou POVÂO e não graduado em economia, a não ser naquela economia de fazer o salário acabar quase, eu disse quase, ao final do mês. Esta, para simples informação dos que desconhecem, é estudada por várias instituições universitárias de grande renome do exterior, mas nenhum dos “medalhões delas conseguiu até hoje entender e colocar a teoria no papel. Mas leio jornais e vejo estes bancos diminuindo cada vez mais o numero de funcionários (e aumentando o tamanho das filas), em gritante oposição a política governamental de geração de empregos. PARABENS.

Vou parar por aqui mesmo, pois já estou ficando com a mão doendo de tanto felicitar a não sei nem quantos, apesar de acreditar sinceramente que existam, e até deprimido pois, acreditem ou não, a única vez que comprei um CD pirata foi em uma loja devidamente estabelecida, com direito a fila no caixa para pagá-lo e notinha da maquininha, o preço foi realmente condizente com o produto (pirata), mas disto só soube quando cheguei em casa, abri a caixinha e vi realmente o que tinha comprado.

Quase esqueço! Ainda tocou mal e eles não aceitaram trocar porque, segundo eles, “promoção não dá direito a troca”, pode uma coisa destas?