CHUVA ETERNA (Phellipe Marques)

Dediquei tanto tempo ao amor e nada restou para lamentar.

Aprendi que a essência da vida encontra-se na impermanência e, por isso mesmo, cada momento deve ser eterno como o amor vivido em sua plenitude serena.

A mesma serenidade dos pingos da chuva caindo e molhando o beijo de um casal apaixonado, liberto de qualquer que seja o fenômeno mundano.

Impossível ouvir a sinfonia daquela canção e não chorar de emoção, pois é isso que vale, viver de eternidade e não de imediatismo.

Um pianista está aqui dentro de mim, tocando as notas de um amor irregistrável em versos e poemas, badalando e emocionando a platéia que existe em meu teatro maior, aquele que chamo de "meu coração".

Queria poder lhe dar um beijo na chuva e sentir os pingos que simbolizam os atos de amor por você revelados.

Em cada nota um verso e em cada verso um coração.

E que a chuva seja eterna, de amor e mansidão, de paixão pela vida e seus encontros ideais.

Mantenho você em meu abraço, observando as linhas do horizonte embaçadas pela névoa formada pelas águas que reverenciam nosso amor.

Posso dizer que a chuva que cai agora são lágrimas universais contemplando os casais que se amam verdadeiramente.

E que a chuva seja eterna e serena como o amor que lhe dá significado.
Phellipe Marques
Enviado por Phellipe Marques em 14/06/2012
Reeditado em 14/06/2012
Código do texto: T3723703
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