Sub-Celebridades do YOUTUBE: PC Siqueira, Felipe Neto e Cauê Moura

Sub-Celebridades do YOUTUBE: PC Siqueira, Felipe Neto e Cauê Moura

18-06-2012 - 17:28

As mídias sociais estão cada vez mais na moda, seja no preenchimento do tempo dos jovens (e outros nem tanto), entretenimento diverso ou comunicação virtual. Não poderia deixar de expressar opinião crítica acerca das celebridades instantâneas da grande rede, referindo-me no presente às três figuras supracitadas.

Com diversos temas abordados, geralmente com pareceres pessoais, não de apologias, defendem (apesar de não se saber ao certo como anda o nível de amizade deles no momento, me parece que já foi pior, hoje longe disso) a liberdade de expressão (ufa, a ditadura já tem quase 30 anos que se foi), o não a alienação dos jovens, às banalidades da vida moderna, aos exclusivistas de mídias, às minorias de tribos sem propósitos, ao despautério e despropósito de políticos pusilânimes e transgressores e elencando as mais diversas trivialidades, como por exemplo, medo de insetos, barba, barriga, tom de voz, dentre muitos.

Para ficar mais divertido vou tentar explicitar um a um (de forma bem resumida, logicamente, até porque o escrito não vai se sobrepor mesmo ao visto e ouvido neste país, como já citei em outros textos):

Cauê Moura, o primeiro que conheci, talvez o mais desbocado (bom isso os três são)... de aparência original, sarcástico, preocupado com a molecada, declaradamente ateu (como PC) não se escandaliza com a opinião alheia, aliás, este é o objetivo. PC é um tanto mais centrado (pouca coisa) puxa mais para o intelectual bobinho (me perdoe) ou ingênuo, enfim... todavia inteligente, pelo menos em seu personagem, mas com uma pitada de depressão talvez, lá no fundo... e o Felipe um pouco mais gritão (isso no “Não faz sentido”) porque os vídeos da madrugada aparece mais compenetrado e dócil, vejo que não tem medo de expor o que sente inclusive de sua vida pessoal. Por ser o mais jovem, se não estou enganado, engajado em empresa do riso e etc, pode-se dizer bastante promissor no humor, sem nenhum demérito aos demais (PC está na MTV, ambos foram entrevistados por Jô Soares) e Cauê sempre declarando que seus dias são cheios e da eterna construção ao lado de sua casa e cenário de gravações.

Enfim, os monólogos têm alcançado milhões de acessos, principalmente quando falam de filmes e atores internacionais. Com uma periodicidade praticamente semanal, os vídeos são aguardados, confrontados, muito comentados pelos fãs e como sempre pelos que assistem só para criticar e colocar uma pá de areia. Contudo, isso não os incomoda.

Vou relembrar apenas um dos casos de um deles, me perdoem mais uma vez (pela extensão do texto), que foi quando PC, interrogado por Jô, afirmou ser mais confortável urinar sentado do que na posição dita masculina, em pé (ou de pé, como queira), por ser mais higiênico, confortável, enfim... vocês podem estar perguntando, quanta futilidade, que informação desnecessária, mas lá no âmago da questão está envolvido sim uma quebra de paradigmas, em vários sentidos, envolvendo virilidade, convenções sociais, ideias prontas e por aí vai que precisam ser revistas. Todos criticam os “rótulos” que a sociedade impõe, a eterna mania da dualidade, do melhor ou superior, do correto, ou do “desejável”... Assistimos tantas coisas, vale a pena pensar como as outras pessoas pensam ao seu redor, eu mesmo só consigo ver assim a possibilidade de tomarmos nossas próprias decisões, de sermos independentes.

Vejo sinceramente que expressar ideias é sim positivo na mídia, ainda mais com apelo que estimule o raciocínio do cidadão, que é o caso que vejo no trio, cada qual em sua peculiaridade é claro. Essa mídia é incrivelmente rápida, instantânea até e, benéfica ou não, está aí para processarmos os debates envolvidos naquilo que precisamos discutir e pôr em pauta mais constantemente e deixar o marasmo de lado. Creio esse ser o objetivo maior.

O povo brasileiro necessita inconscientemente de ídolos, de referências, de alguém para escutar e se espelhar, isso está fugindo cada vez mais do controle dos pais, pela própria exposição da informação, pela precocidade, enfim. Talvez isso tenha acarretado a explosão de acessos às mídias, mesmo alguns dos divulgadores flertando com livros como uma tentativa de incentivo, ironicamente. Não quero me delongar, e que tirem suas próprias opiniões. E galera (trio) estou em servindo do mesmo direito de vocês... O fato é que nos tornamos o país das celebridades rápidas.

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