Coisas da vida em que me faz refletir:

De uns dois anos pra cá comecei a ter sintomas de alergia que com o tempo foi se agravando e hoje ela é tão agressiva que por muitas vezes chego ao desespero e o que me salva é o meu discernimento, ele me traz a lucidez de volta quando a crise de alergia me tira. Se alguém pensou em como é essa alergia, eu direi; sinto coceiras no corpo, inclusive nos olhos e ouvidos, também sofro de bronquite alérgica e respirar fica difícil, passei quase o mês inteiro de maio cuidando de uma pneumonia que não queria ir embora (junto com ela a bronquite e coceira no corpo). Acredito que ela foi o resultado do sereno que tomei enquanto durante a noite dormia com a janela aberta para poder respirar melhor. Tenho tido alergia a diversas coisas e até mesmo ao calor, por isso nem preciso citar, basta ter cheiro, pelo, fumaça, mofo e acaro que lá estou eu desencadeando um processo tão forte alérgico que por muitas vezes me invade junto com ele um desespero e tristeza enorme. Digo também que os remédios que tenho usado já não faz nenhum efeito, aliás, fazia, porque consegui uma excelente médica na semana passada e estou com vários exames para fazer e acreditando que dessa vez encontrarei uma saída, enquanto isso, estou usando os novos remédios que ela receitou e evitando quase tudo, porque não tem como sair de casa e não encontrar cheiro, fumaça, etc.

Mas, o que eu queria mesmo era contar da dificuldade de conviver entre as pessoas quando estamos doentes, enquanto eu esperava ser consultada comecei a prestar atenção em outras duas pacientes que diziam de como se sentiam mal com o tratamento das pessoas onde trabalhavam, que as pessoas não entendiam a gravidade da alergia delas e se sentiam irritadas quando elas tossiam e assim foram contando suas lamurias e eu nem precisava falar, pois era exatamente o que eu sentia e pensava em relação às pessoas ao meu redor. Triste o que tenho observado, quando estamos doentes incomodamos as pessoas, geralmente ninguém quer saber de gente doente. Até porque quando abrimos a boca pra falar eles já se sentem incomodados achando que vamos falar da doença e não aceitam nem mesmo o nosso desabafo, quem pode nos cuidar e ainda nos aceitam são os nossos familiares que nem sempre podem estar por perto. Pior se o dinheiro faltar e não tivermos como pagarmos alguém para nos servir, nesse caso podemos sequer não ter alguém para nos dar um copo d’água ou um prato de comida. Sei que muitos dirão ser exagero meu, mas eu já ouvi situações horríveis sobre esse assunto e hoje sinto na pele o problema de estar doente e ter que lidar com as pessoas. Bom, se falei tantas coisas negativas, também tenho coisas boas pra falar, no meu trabalho tenho pessoas especiais e hoje mesmo por ser compreendida na situação em que me encontro eu me sinto feliz, porque é apavorante a incompreensão das pessoas quando estamos doentes.

Obrigado Fabiana e Fernanda Braga, também a todos que entendem que não estou assim porque quero.

Beijos

GG

Glorinha Gaivota
Enviado por Glorinha Gaivota em 18/06/2012
Reeditado em 20/06/2012
Código do texto: T3731725
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