Amanhecer
Amanhece...
Ergo os meus olhos para a imensidão do firmamento, tentando vislumbrar outra paisagem além da imaginação, mistérios infinitos que a mente humana não consegue sondar.
Olho ao meu redor.
As árvores, o verde, as folhas, tudo permanece na quietude como se a natureza mantivesse um colóquio íntimo com o seu Criador, esperando o toque do amanhecer.
O astro rei oculta-se entre as nuvens, dia nublado.
Uma leve brisa, numa suave carícia, balança uma folha e aquela gotinha de orvalho, uma remanescente da noite, oscila e permanece na extremidade da folha; que energia a mantem alí?
Um grilo, seresteiro incansável, canta entre o verde, como um ser tão pequenino emite um som tão vibrante?
Lá fora, na praça, no meio das árvores, o maestro bem-te-vi afina seu canto matinal no palco da natureza.
Uma sinfonia de pássaros, o ruído dos carros, o burburinho das pessoas já se faz ouvir.
É o despertar de mais um dia , que traz a dádiva do trabalho, a vida, a luta, numa certeza de que, na vida tudo se renova, tudo se transforma a cada instante.
O Artífice Celeste dá as primeiras pinceladas no azul do infinito.
O astro rei aparece.
É a sinfonia do amanhecer.