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Um Sentido Bonito
 
  Essa outra ordem, que se acredita haver por trás de tudo. Essa espécie de subtexto, do qual quase nada sabemos, muito pouco intuímos, é o que, ainda, me segura. A sustentação de minha lírica lucidez.
            Acredito em um sentido bonito, generoso, amigo, cúmplice, alimentando a luz do mundo. Algo, realmente, excepcional de tão agradável e, principalmente, elevado. Bem longe dos deuses invejosos, vingativos, punitivos, cruéis, que a humanidade cegamente cultua.
            Muitas vezes estive na beira do abismo e voltei... Até que, já sem esperança de coisa alguma, novamente ali na beirada, me atirei... Qual não foi minha surpresa, havia esta tal ordem, este tal belo sentido... Aguardavam-me, de braços abertos. Esperavam-me, há muito...
            Estamos nos readaptando, reconhecendo nossos terrenos... É tão relevante, tão inequivocamente surpreendente... Há tanto a perceber, a escrever! Já estou desafiando o tempo. Ainda assim, temo não transcrever o suficiente, para tocar os corações e as mentes de meus irmãos, na proporção que sonha meu peito.
            Sigo desenfreado, em meio as palavras, na tentativa compulsiva de proporcionar o enternecer. Única forma viável de evolução. Todo o resto compõe-se de golpes da ilusão, para se manter na situação.
            Creio piamente, que a persistência, de minha existência, se deve a esta sensação, esta emoção, que me acompanha e me impulsiona em direção à holística arte. Defino como Arte Holística, toda manifestação realmente artística, (pendurar um piano no teto não é arte) que se volte à evolução. Cuja verdadeira finalidade seja a evolução. Diferente do conceito atual que visa, apenas, demonstrar, exaltar, explorar o talento do artista.
            Acho que a Arte deve se voltar definitivamente para o processo evolutivo. Os palcos devem voltar a ser espaços onde se instrua a população, ao invés de diverti-la, enquanto é, miseravelmente, explorada, iludida, por uma sórdida minoria, que não larga o poder, nem por decreto...!!!
            A comercialização dos meios artísticos, leia-se banalização, visa o achatamento mental da multidão. A minimização! Para que não ofereça resistência a esta franca decadência. Gostos ralos são impostos, para o que pensamento não se exercite.
            Conchavos macabros entre os poderes, as grandes indústrias de comunicação, ou não... e uma verdadeira quadrilha oculta - enorme, imensa - manipulam o nível intelectual para o mais baixo possível. Sabem que seus planos têm dias contados. Estão jogando com o tudo ou nada. Não querem dar o braço a torcer, por terem tomado o pior dos caminhos. O mais sujo. O mais estúpido. Não vão conseguir enganar a multidão, por muito mais tempo, com esse capitalismo, que rima tão bem com canibalismo...!!! A miséria agiganta-se e tem fome...
            Minha saída diante deste quadro embaraçoso do ponto de vista cósmico, por questão de sobrevivência, foi, e é, a de apostar nesta outra ordem, neste outro sentido, beeeeeeeem mais bonito... Esta força que começa a aparecer nos corações do planeta, com uma calma e determinação, constrangedoras, de tão poderosas. Pudera! Vêm com essência de rosas...



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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 27/06/2012
Código do texto: T3748021